Avaliação do estresse oxidativo como preditor de complicações após cirurgia de revascularização do miocárdio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Garzesi, André Monti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243540
Resumo: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, sendo as doenças isquêmicas do coração as mais importantes. A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) é a melhor opção terapêutica para alguns grupos de pacientes. A maioria das CRM são realizadas com uso de circulação extracorpórea (CEC), que expõe o organismo a condições extremas, levando-o a uma resposta inflamatória sistêmica. Adicionalmente, durante o procedimento cirúrgico, o músculo cardíaco é submetido a isquemia e posterior reperfusão, resultando em aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), que pode levar a arritmias e redução da função sistólica. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre marcadores do estresse oxidativo e atividade das enzimas antioxidantes com os desfechos clínicos em pacientes submetidos a CRM com CEC. Foram incluídos 119 pacientes consecutivos, submetidos a coleta de sangue no pré- operatório, no momento imediatamente anterior ao início da reperfusão do coração e no período de 12 horas de pós-operatório. Foram dosadas a concentração sérica de hidroperóxido de lipídeo (HL) e as atividades da catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx) nos 3 momentos. Dos pacientes incluídos, 10,1% (12 pacientes) evoluíram para óbito em 30 dias e 23,5% (28 pacientes) evoluíram com injúria renal aguda (IRA) no pós-operatório. Maior idade, índice de massa corporal (IMC), EuroScore II, creatinina, troponina, necessidade de implante de balão intra-aórtico no pós-operatório e menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FE) se associaram ao óbito. A presença de insuficiência cardíaca, choque cardiogênico, edema agudo de pulmão, infarto do miocárdio e infecção pós-operatórios também se associaram à mortalidade. A atividade da CAT no pré e pós-operatório se relacionou ao desenvolvimento de IRA. A área sob a curva da atividade da SOD quando ajustada para sexo, idade, IMC e FE se associou à mortalidade em 30 dias. Portanto, variáveis relacionadas ao estado oxidativo do paciente submetido à cirurgia de revascularização miocárdica com circulação extracorpórea podem, futuramente, constituir bons biomarcadores prognósticos nessa população.