Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santiago, Bismarck Moreira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215444
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Resumo: |
Objetivou-se investigar o efeito da classe sexual (castrados e inteiros) sobre o desempenho, características de carcaça, qualidade de carne, expressão gênica e perfil proteômico do tecido muscular de bovinos precoces F1 Angus-Nelore. Utilizou-se 640 animais, submetidos à terminação em confinamento pós-desmama por período de 180 dias. Animais castrados apresentaram menores ganho médio diário, peso final, pesos de carcaça quente e fria e área de olho de lombo. Porém, tiveram maior espessura de gordura subcutânea. A carne dos castrados apresentou menores perdas por evaporação, perdas totais e força de cisalhamento, independentemente da quantidade de dias de maturação. Entretanto, animais desse tratamento tiveram maiores perdas por gotejamento, quando comparados a animais inteiros. Notou-se que independentemente da quantidade de dias de maturação, a carne de animais castrado apresentou maior Luminosidade (L*), intensidade de vermelho (a*), intensidade de amarelo (b*), chroma e hue. Todavia, a carne dos animais inteiros apresentou pH mais elevado em relação aos animais castrados. Observou-se maiores expressões dos genes lipogênicos: Acetyl-CoA carboxylase alpha (ACACA), Fatty acid binding protein 4, adipocyte (FABP4), Fatty acid synthase (FASN), Peroxisome proliferator activated receptor gamma (PPARG) e Stearoyl-CoA desaturase (SCD) no músculo longissimus thoracis de animais castrados, quando comparada aos inteiros. Nestes, observou-se níveis mais elevados de expressão dos genes: Peroxisome proliferator activated receptor alpha (PPARA) e da Sterol regulatory element binding transcription factor 1 (SREBF1). Observou-se que animais castrados apresentaram maiores níveis de gordura intramuscular em relação aos inteiros. A maior proporção de ácidos graxos monoinsaturados foi observada em animais castrados, representado principalmente pelo ácido oleico. No entanto, os inteiros apresentaram níveis mais elevados de ácidos graxos poliinsaturados, enquanto o conteúdo de ácidos graxos saturados não foi afetado. Ao avaliar o proteoma do músculo Longissimus thoracis, observou-se que a castração modulou a abundância de 15 proteínas distribuídas em 21 spots proteicos. A castração regulou positivamente as proteínas: Creatine kinase M-type (CKM), Frutose-bisfosfato aldolase (ALDOA), Glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase (GAPDH) e Troponin T, fast skeletal muscle (TNNT3). Por outro lado, nos castrados observou-se regulação negativa das proteínas: 60 kDa heat shock protein, mitochondrial (HSP60), ATP synthase subunit beta, mitochondrial (ATP5F1B), Heat shock cognate 71 kDa protein (HSPA8), Malate dehydrogenase (MDH1), Myoglobin (GLNG), Phosphoglucomutase-1 (PGM1), Pyruvate dehydrogenase E1 component subunit beta, mitochondrial (PDHB), Triosephosphate isomerase (TPI1), Troponin I2, fast skeletal type (TNNI2). As proteínas Adenylosuccinate lyase (ADSL) e Alpha-enolase (ENO1), foram observadas apenas em amostras de animais castrados. A castração apesar de reduzir o desempenho animal é um manejo interessante a se adotar quando o objetivo é obter carne de melhor qualidade, devido seus efeitos na expressão de genes e proteínas que trazem benefícios aos atributos que definem essa característica desejada pelo consumidor. |