Família e obesidade: um estudo psicanalítico a partir do discurso de pacientes submetidos a gastroplastia

• Ano de defesa: 2009
• Autor(a) principal: Golfetti, Giselha Aparecida [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Família; Obesidade; Psicanalise; Estomago - Cirurgia; Family; Obesity; Psychoanalysis; Stomach-surgery
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97605

Ao longo dos tempos, o corpo teve diferentes modos de ser considerado belo e/ou saudável. Na contemporaneidade, os sentidos e significados dados a ele remetem a uma estética corporal própria, na qual podem ser encontradas conexões entre o biológico e a ordem social ou entre o indivíduo e a sociedade. Há algumas décadas, a medicina passou a considerar a obesidade como doença; assim, atualmente ter um corpo gordo pode ser sinônimo de ter um corpo doente, disfuncional. O índice de obesos cresce diariamente. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2004), pelo menos 40% dos brasileiros estão acima do peso. A obesidade é denominada grau III ou mórbida quando o Índice de Massa Corpórea é igual ou superior a 40,0 Kg/m². Múltiplas são as formas de tratamento empregadas no combate à obesidade, quais sejam, a modificação dos hábitos alimentares, do estilo de vida e a utilização de fármacos. A gastroplastia ou cirurgia bariátrica surge como outra alternativa para o tratamento da obesidade grau III. Objetivou-se, nesta pesquisa, explicitar e compreender – por meio dos discursos de indivíduos que realizaram tratamento cirúrgico para a obesidade – seu modo de funcionamento intrapsíquico, principalmente no que se refere às perdas, assim como as representações psíquicas que esses trazem acerca de suas famílias. Para tal fim, utilizou-se o método psicanalítico, sendo que o instrumento empregado foi entrevista semi-estruturada, gravada e transcrita com o consentimento...