Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mano, Amanda de Mattos Pereira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152445
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Resumo: |
A presente pesquisa insere-se na temática do ensino de Astronomia na Educação Básica, sob a ótica da teoria piagetiana. Assim, decorrem desta investigação dois estudos: o primeiro, realizado com 35 professores da disciplina de Ciências da rede pública do Estado de São Paulo, participantes de uma entrevista que buscou identificar a perspectiva docente sobre os conteúdos mais difíceis de ensinar e, igualmente, mais difíceis para os alunos aprenderem. Os resultados dessas entrevistas mostraram que os conteúdos de Astronomia foram considerados, pelos professores de Ciências, como os mais difíceis tanto para ensinar quanto para aprender. A partir disso, foi efetuado um segundo estudo com o objetivo de verificar os impactos de uma intervenção pedagógica, pautada em princípios da teoria piagetiana, a respeito da compreensão dos conteúdos: fases da Lua e Eclipses, ligados à Astronomia. Desse segundo momento, participaram 20 alunos regularmente matriculados no 8º ano de uma escola estadual paulista. A investigação deu-se em quatro etapas: a primeira centrou-se na realização de um pré-teste, que constou de uma entrevista inspirada no método clínico-crítico acerca dos fenômenos das fases da Lua e dos Eclipses e, ainda, a duas provas operatórias, as quais buscavam investigar a construção de perspectivas espaciais. Na segunda etapa, efetuou-se uma intervenção pedagógica fundamentada nos princípios piagetianos que explicam a construção dos conhecimentos. A terceira etapa foi marcada por um primeiro pós-teste, de modo que os instrumentos descritos na primeira etapa foram reaplicados e, por fim, 30 dias após a aplicação do primeiro pós-teste, na quarta etapa, utilizou-se um segundo pós-teste, que consistiu na aplicação de um simulado envolvendo os conteúdos abordados na intervenção. Os dados coletados foram analisados de acordo com suas especificidades, sendo a entrevista clínico-crítica submetida à análise de conteúdo, pela qual foi possível a criação de categorias de respostas, e as provas operatórias avaliadas em consonância com estádios cognitivos. As variáveis, categorias e estádios passaram por tratamento estatístico. Desta maneira, os resultados da entrevista clínico-crítica em pré-teste revelaram que quase a metade dos estudantes não sabia explicar os motivos para ocorrência das fases lunares e, quando o faziam, apresentavam muitas dúvidas, bem como concepções alternativas ao modelo científico. Quanto aos Eclipses, boa parte dos alunos foi capaz de explicá-lo por meio de elementos científicos, mas com ideias confusas e incompletas. Quanto às provas operatórias, nas duas situações aplicadas, os alunos, em sua maioria, mostraram desempenho correspondente às operações concretas. Após o trabalho pedagógico sistematizado, no pós-teste 1 notou-se na entrevista uma melhor compreensão acerca dos fenômenos astronômicos investigados, ao passo que na provas operatórias o observado em pré-teste manteve-se, à exceção de uma das situações, na qual constatou-se um maior número de sujeitos com condutas relacionadas à entrada nas operações formais. Em relação ao pós-teste 2, obteve-se maior índice de acertos em questões que solicitavam informações e descrição dos fenômenos pesquisados. Espera-se, com esta pesquisa, contribuir para as áreas de educação em Astronomia e do ensino de Ciências, especificamente, em questões que perpassam o ensino e a aprendizagem. |