Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mantovani, Aline Madia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150633
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Resumo: |
O presente estudo foi desenvolvido no Programa de Pós Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia/Universidade Estadual Paulista e encontra-se vinculado à linha de pesquisa Desenvolvimento Humano, Diferença e Valores. Caracterizou-se como objetivo geral compreender os processos de resiliência em adultos com histórico de trabalho infantil, estudantes da EJA, e como objetivos específicos compreender os significados do trabalho infantil na vida adulta por meio da análise dos acontecimentos que funcionaram como fatores de proteção e de risco; verificar quais (e de que modo) suportes sociais disponíveis em seus contextos contribuíram para o desenvolvimento de processos de resiliência e refletir sobre o(s) motivo(s) que contribuiu(íram) para essa inserção em trabalho e afastamento da escola. Adotou-se como perspectiva teórica a abordagem socioecológica da resiliência para compreendê-la na interface dos aspectos individuais, relacionais e contextuais presentes na vida dos sujeitos. Participaram da pesquisa, no Estudo I, 131 adultos, de ambos os sexos, oriundos de duas instituições de ensino de um município de médio porte do estado de São Paulo que atendiam na modalidade de Educação de Jovens e Adultos; foi utilizado um questionário, baseado em estudo internacional, que ajudou a traçar o perfil dos participantes, as implicações do trabalho infantil sobre a escolarização, os índices de valorização do trabalho infantil e os fatores de proteção que contribuíram para o acionamento de processos de resiliência. A partir da análise dos dados obtidos no Estudo I foram selecionados os 05 participantes que apresentaram, concomitantemente, maior valorização do trabalho infantil e os maiores índices de resiliência (Grupo 1) e os 04 participantes com baixa valorização do trabalho infantil e altos índices de resiliência (Grupo 2) para comporem o Estudo II. Nessa etapa os sujeitos participaram de uma entrevista com roteiro semiestruturado, cujo objetivo era compreender as condições objetivas de vida na infância/adolescência, os suportes sociais disponíveis, o trabalho infantil e as implicações para a vida atual. Após esse procedimento utilizou-se métodos visuais (a fotografia). Os participantes tiraram fotografias de pessoas, situações, lugares e/ou instituições que foram significativos em suas vidas e esses dados visuais foram objeto de análise, servindo de base para as entrevistas semiestruturadas. O conteúdo das entrevistas foi analisado por meio de três categorias analíticas articuladas ao contexto de trabalho na infância, aos suportes sociais disponíveis e aos sentimentos advindos pelo trabalho. Os resultados apontaram que o contexto em que viviam e os valores sociais e culturais atribuídos ao trabalho infantil ocasionaram a inserção dos participantes em situações laborais; o envolvimento em situações de trabalho infantil não impediu o acionamento de processos de resiliência; os fatores de proteção foram elencados no próprio trabalho, junto a pessoas significativas, em alguns lugares e no estudo e o mesmo trabalho que na infância/adolescência ocasionou o afastamento dos bancos escolares atualmente implicou no retorno à escola. Acredita-se, assim, que outros estudos devem ser implementados na tentativa de compreender o trabalho infantil e a resiliência na interface com a vida adulta. |