Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Karina da Silva |
Orientador(a): |
Nakano, Tatiana de Cássia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15763
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Resumo: |
A resiliência tem sido considerada um construto importante para o enfrentamento de situações adversas. Indiferente a sua relevância, nenhum instrumento brasileiro encontra-se disponível para sua avaliação na infância. Desta forma, o objetivo deste estudo foi desenvolver e buscar evidências de validade para o instrumento Marcadores de Resiliência Infantil (MRI). Para isto foram propostos sete estudos: o primeiro refere-se à construção do instrumento, que embasado na literatura, apresenta, em sua versão inicial, trinta histórias/itens as quais relacionam-se à seis elementos fundamentais da resiliência. O segundo estudo envolveu o desenvolvimento das alternativas de desfecho dos itens, por meio de entrevistas cognitivas, com 20 crianças com idades entre 8 e 12 anos. O terceiro estudo buscou evidências de validade baseadas no conteúdo, contando com a colaboração de 16 juízes, ao longo de três rodadas de avaliação, por meio das quais, 27 itens foram considerados adequados. No quarto estudo, verificou-se a adequação do instrumento junto a população alvo, através de Estudo Piloto conduzido em duas etapas com crianças representantes dos extratos extremos da faixa etária almejada. Do quinto estudo, que envolveu a busca por evidências de validade baseadas na estrutura interna e precisão do instrumento, participaram 462 crianças, sendo 223 meninas e 238 meninos, de escolas públicas e particulares. Os resultados obtidos indicaram a presença de seis fatores específicos e um fator geral, obtidos através do modelo bi-factor. Também, foi observada a necessidade de exclusão de cinco itens, de modo que a versão final do instrumento possui 22 itens. Confirmando assim o modelo teórico. Quanto a precisão, os coeficientes de alfa de Cronbach apontaram para adequação dos fatores Locus de controle, Coping e para o Total. No sexto e sétimo estudo buscou-se evidências de validade baseadas na relação com variáveis externas. Desta forma, o sexto estudo, do tipo validade discriminante, comparou, por meio de correlação de Spearman, os escores obtidos junto ao MRI e a Escala de Stress Infantil. Contou com a participação de 136 crianças com idades entre 8 e 12 anos (F=67; M=69). Os resultados apontaram para correlações baixas e negativas entre os instrumentos, evidenciando a relação entre estes. Por fim, o estudo sete, do tipo validade de critério, buscou compreender a capacidade do MRI em discriminar grupos. Participaram do estudo 500 crianças, sendo 277 do sexo masculino, de cinco grupos distintos. A ANOVA apontou para a influência da variável grupo, destacando-se o desempenho do grupo 4. Portanto, ao final destas ações, pode-se concluir que foram identificadas evidências iniciais de validade e precisão para o instrumento MRI. De modo que outros estudos devam ser conduzidos a fim de que, futuramente, o instrumento possa ser disponibilizado para uso profissional. |