Função cognitiva, sintomas depressivos e qualidade de vida em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Domingues, Eloisa da Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214924
Resumo: Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) trata-se de uma alteração neurológica aguda, que acontece devido à interrupção do fluxo sanguíneo no encéfalo. Quando há uma a obstrução de uma veia, o AVC é denominado como isquêmico. Quando ocorre o rompimento dos vasos, caracteriza-se como hemorrágico, pode ocasionar lesões no tecido cerebral e mortalidade. Objetivos: Avaliar a relação entre sintomas depressivos, função cognitiva e qualidade de vida em pacientes adultos que sofreram AVC. Método: Trata-se de um estudo transversal. Foram incluídos sobreviventes de AVC com mais de 18 anos e realizavam acompanhamento no ambulatório de neurovascular. Foram excluídos aqueles que possuiam condições de comunicação e compreensão prejudicadas e com demência. Os pacientes foram avaliados através dos instrumentos Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Inventário de depressão de Beck (BDI), Escala de qualidade de vida específica para Acidente Vascular Encefálico (EQVE-AVE), além de informações sociodemográficas e clínicas. Para as variáveis contínuas e os escores de cada desfecho foi realizada a Correlação de Person. Para verificar os efeitos que influenciaram em cada desfecho foi realizado uma Regressão Logística univariada e em seguida, de acordo com a Regressão Logística Univariada foi ajustado Modelo de Regressão Logistica para cada desfecho. Considerou-se p< 0,05 como nível de significância. Resultados: foram avaliados 100 sobreviventes do AVC. A maioria dos pacientes não apresentou comprometimento cognitivo (62%), possuía sintomas depressivos mínimos e leves (70%), pouco ou nenhum prejuízo na QV (73%). Verificou-se uma correlação inversamente proporcional R= -0,64959 entre os sintomas depressivos e a qualidade de vida. Através da análise univariada por regressão logística verificou-se que a variável escolaridade P< 0,0042 foi preditora independente do desfecho função cognitiva. As variáveis idade P< 0.0264 e qualidade de vida P< 0001 foram preditora independentes do desfecho sintomas depressivos. A variável sintomas depressivos P< 0,0001 foi preditora independente do desfecho qualidade de vida. Conclusão: O psicólogo é fundamental junto às equipes multidisciplinares que dedicam-se ao cuidado de pacientes vítimas de AVC e suas fragilidades, no sentido de prevenir, identificar e traçar estratégias de cuidado e intervenção adequadas à população estudada.