Cinza de biomassa de eucalipto como corretivo de acidez de solo e fonte de nutrientes para o capim massai inoculado ou não com azospirillum brasilense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moretti Neto, Mário João
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194363
Resumo: A cogeração de energia térmica através da queima de biomassa vegetal do eucalipto em diversas indústrias gera uma alta quantidade de cinza de biomassa de eucalipto. Portanto, o destino correto desse resíduo agroindustrial é de suma importância para o ambiente e dispõe de preocupação das empresas produtoras quanto ao acúmulo de resíduos. Tanto a calagem como a inoculação com Azospirillum brasiliense podem maximizar e/ou antecipar os benefícios deste subproduto da Cargill em gramíneas forrageiras. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito das doses de cinza de biomassa de eucalipto como corretivo de acidez, associado ou não a aplicação de calcário, com ou sem a inoculação de Azospirillum brasilense, na nutrição e produção de capim Massai. Assim como, analisar o efeito dos tratamentos sobre os principais atributos químicos de um solo de textura arenosa. O experimento foi conduzido em cultivo protegido, em Ilha Solteira – SP. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições, em esquema fatorial 5x2x2, sendo cinco doses de cinza de biomassa de eucalipto (0; 10,3; 20,60; 30,75 e 41,35 t ha-1), com ou sem aplicação de calcário dolomítico visando elevar a saturação de bases a 70%, com ou sem a inoculação com Azospirillum brasilense via semente.Ficou evidente que a cinza de biomassa de eucalipto melhora os atributos químicos do solo, pois diminuiu a acidez potencial e aumentou o pH, CTC e V%. A cinza de biomassa de eucalipto pode gerar o mesmo efeito que a calagem isolada no solo, as doses mais baixas utilizadas propiciam o mesmo efeito da calagem para pH e CTC, enquanto que para acidez potencial e V% necessita das doses mais altas. O uso da cinza junto com o calcário potencializa ainda mais os efeitos de neutralização, aumento de bases trocáveis e CTC em comparação com o uso de cinza isolado. Apesar do teor de nutrientes nesta cinza ser menor em relação a outras cinzas utilizadas por diversos autores, a mesma foi eficiente em aumentar os teores dos nutrientes no solo, com exceção do S. O volume e matéria seca de raízes do capim Massai aumenta em função das doses de cinza, da calagem ou da inoculação com A. brasilense, porém desde que aplicados isoladamente. De modo geral, analisando os três cortes da forrageira, tanto a calagem como o incremento das doses aumentam os acúmulos de macronutrientes. Porém, a maior dose de cinza não propicia o maior acúmulo de nutrientes na planta, tanto aplicada isolada ou com calagem. O acúmulo de K no capim Massai é maior com a inoculação de A. brasilense. Contudo, esta bactéria não influencia o desenvolvimento e produção desta forrageira irrigada e cultivada em vaso. O teor de proteína bruta da forrageira pode eventualmente aumentar com a inoculação de A. brasilense e calagem, e até diminuir com o aumento das doses de cinza. O incremento da cinza de eucalipto aumenta o ICF, o IAF e a produção de matéria fresca e matéria seca do capim Massai, podendo substituir a calagem.