Altura pré-pastejo para o capim massai sob lotação rotativa com ovinos no trópico úmido brasileiro no período chuvoso
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/1179 |
Resumo: | O objetivo foi avaliar altura de entrada dos animais adequada à fisiológia da planta e ao desempenho de ovinos de corte em pastagem de capim Massai. Foram utilizados 18 ovinos mestiços Dorper x sem padrão racial definido (SPRD) pastejando em três alturas pré-pastejo em capim Massai, sendo as alturas de 45 cm, 35 cm e 25 cm. Foi adotado o método de lotação rotativa com período fixo de 12 e 4 dias de descanso e de ocupação respectivamente. Antes da entrada dos animais na área foi estimada a lotação animal necessária para garantir a redução de aproximadamente 50% da altura inicial. Foram obtidos o valor de altura real, a produtividade do capim Massai e a composição estrutural da planta e, por fim, tais variáveis foram correlacionadas. Avaliou-se as características morfogênicas, a composição bromatológica da forragem e o desempenho dos animais. As observações de comportamento ingestivo foram feitas das 6 h às 18 h no segundo e no terceiro ciclo de avaliação, na entrada e na saída dos animais dos piquetes, somando quatro dias de observação. Também foram observados os tempos de pastejo, de ruminação e de outras atividades. Nesse quesito, essas observações foram agrupadas e analisadas em três períodos do dia, 6 h às 10 h, 10 h às 14 h e 14 h às 18 h. Foram contabilizados o tempo para realizar bocados, o tempo de ruminação do bolo alimentar, o número de mastigações merícicas e a taxa de bocados e agrupados nos períodos de entrada e saída dos animais da área. O tratamento com 35 cm apresentou maior densidade de forragem, maiores produções de massa seca total, de lâmina foliar e de forragem morta, maior quantidade de forragem disponível, maior oferta de forragem e maior taxa de acúmulo diária. O tratamento com 25 cm apresentou maior relação folha:colmo e maior porcentagem de folhas na estrutura da forrageira. Por sua vez, o tratamento com 45 cm apresentou maiores porcentagens de colmo e de forragem morta, acarretando uma menor apreensão de folhas pelos animais. A taxa de aparecimento de folhas, a severidade de desfolhação e o número de folhas vivas foram maiores para o tratamento com 25 cm, não diferindo do tratamento com 35 cm nesta última variável. A altura de 25 cm reduziu o alongamento de colmo, o filocrono e o comprimento da bainha. Os maiores teores de proteína e nutrientes digestíveis totais foram observados no tratamento com 35 cm seguido do tratamento com 25 cm. O maior teor de fibra em detergente ácido foi observado no tratamento com 45 cm. O maior consumo foi obtido pelo tratamento com 35 cm, assim como a maior taxa de lotação que desencadeou o maior ganho de peso por área. A maior atividade de comportamento realizada foi a de pastejo, seguida de ruminação e outras atividades, sendo o período de 6 h às 10 h o que apresentou maior atividade de pastejo. Nos demais períodos do dia os animais no tratamento com 35 cm pastejaram menos que os animais dos outros tratamentos. A ruminação, em todos os tratamentos, foi mais significativa no período das 14 h às 18 h, mas os animais no tratamento com 45 cm foram os que passaram maior tempo realizando esta atividade e tiveram menos tempo para outras atividades. Os animais no tratamento com 45 cm apresentaram maior tempo de ruminação do bolo alimentar e maior número de mastigações merícicas. A taxa de bocados foi superior para o tratamento com 25 cm, seguido do com 45 cm e 35 cm respectivamente, o inverso aconteceu para o tempo necessário para efetuar os bocados. Com base nos resultados apresentados, a altura de 35 cm, entre as alturas de pré-pastejo avaliadas, é a mais indicada para o capim Massai utilizado na criação de ovinos de corte a pasto, por apresentar maior disponibilidade de alimento, com uma boa qualidade da forragem e por possibilitar maior ganho de peso dos animais por área. |