Ações e percalços na administração dos governadores pombalinos na capitania da Bahia – 1750 a 1777.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sá, Charles Nascimento de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192467
Resumo: Esta tese surgiu a partir da indagação dos seguintes problemas: Como atuaram os governadores para introduzir, no governo geral da Bahia, as medidas e práticas propostas pela Coroa durante o reinado de D. José I? Quais foram as dificuldades encontradas pelos governadores gerais em sua função na capitania da Bahia, no período de 1750 a 1777? Quais eram as queixas mais comuns, constantes em seus escritos e cartas, que eles apontaram sobre a capitania e sua gente? O objetivo geral do trabalho foi: compreender o comportamento político dos governadores gerais que estiveram na Bahia entre 1750 a 1777 e sua ligação com os problemas oriundos dos grupos e povos por eles governados. O método indiciário e o materialismo histórico nortearam a pesquisa, esta por sua vez foi explicativa. O embasamento teórico do texto assentou-se em Stuart Schwartz, Charles Boxer, John Russell-Wood, Nuno Monteiro, Antônio Manuel de Hespanha, João Fragoso, Maria de Fátima Gouvêia, Avanete Sousa, dentre outros estudiosos da Bahia colonial e do Império português na Idade Moderna. A base documental consultada foi a do Arquivo Histórico Ultramarino - AHU, disponibilizada no site do Projeto Resgate. Constitui-se de ofícios e cartas enviados para Portugal pelos responsáveis pelo governo da capitania no período pombalino. A tese possui um total de 311 páginas e está dividida em quatro capítulos. No primeiro faz-se uma discussão teórica sobre a noção de Império, poder e governo no Antigo Regime português. O segundo dedica-se a analisar a cidade de Salvador e a Bahia no século XVIII. O terceiro e quarto capítulos detêm-se no estudo e análise da documentação do AHU. Os problemas vivenciados pelos governadores da capitania entre 1750 a 1777 e descortinados aqui foram: a) funcionários régios; b) militar, defesa, delitos c) ouro/minas/descaminhos; d) agricultura e cultura de novos produtos; farinha; seca/chuva; madeira e) porto, frotas, navios e África; f) Igreja. Entender os problemas vivenciados pelos governadores permitiu melhor compreender a lógica da sociedade colonial baiana no Setecentos, bem como a complexidade e dinâmica que envolvia os grupos, a riqueza, o lugar social, os méritos, os apreços, e toda uma gama de valores e situações que forjaram o poder e a sociedade baiana colonial.