Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Jean Michel Pimentel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202380
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Resumo: |
Esta tese objetivou investigar como se efetiva o movimento fraseológico e metafórico – fraseometafórico – da língua portuguesa para a língua inglesa em um estudo de corpus de aprendizes de tradução e de LE, com o propósito de avaliar se os mapeamentos conceptuais subjacentes aos fraseologismos analisados são possíveis fontes de dificuldade para o tradutor aprendiz brasileiro. Outrossim, buscou examinar a (não) convencionalidade dos fraseologismos metafóricos traduzidos e se ela seria também fator que motivaria problemas para a prática tradutória. A realização dos objetivos foi viabilizada graças à confluência de quatro grandes temáticas, a saber: metáfora, tradução, linguística de corpus e fraseologia. Nessa conjuntura teórica, recorremos à teoria da metáfora conceptual e à perspectiva cognitivo-discursiva para determinarmos as metáforas conceptuais e as metáforas linguísticas no corpus de estudo. Fomos respaldados pela hipótese da tradução cognitiva, que sustenta que dificuldades na tradução seriam explicadas por diferenças conceituais entre as línguas. Amparados, ainda, pela fraseologia e pela linguística de corpus, por meio da análise estatística de colocações e da análise de linhas de concordância, examinamos a convencionalidade dos fraseologismos traduzidos de um ponto de vista lexicogramatical e semântico. Os 81 fraseologismos metafóricos selecionados em 20 textos em português, cada um deles traduzidos por no máximo 21 alunos, resultaram em 1202 esquemas de tradução. Avaliamos as condições de mapeamento envolvidas (se similares ou diferentes), a implementação lexical (se similar ou diferente) e a convencionalidade (convencional, pouco ou não convencional). O resultado da pesquisa sugere que o aspecto linguístico é mais desafiador ao aprendiz do que o aspecto conceptual, isso porque, do cotejo entre os mapeamentos, houve manutenção da metáfora com condições de mapeamento similar em 86% das traduções; entretanto, os fraseologismos metafóricos são pouco ou não convencionais em 42% delas. Esse quadro demonstra que significativa parcela de aprendizes lançou mão de escolhas lexicais possíveis no nível do sistema cognitivo-linguístico, mas pouco prováveis no tocante à norma/uso. Uma possível explicação para isso pode ter relação com uma interferência da língua materna, que é positiva, frente a uma sobreposição de características cognitivo-lexicais, mas negativa quando a estrutura léxico-semântica leva a soluções pouco ou não convencionais. De modo geral, os achados do estudo reforçam a necessidade de desenvolver e implementar estratégias pedagógicas para a melhoria da competência fraseometafórica de aprendizes brasileiros de tradução e de LE. |