Estudo sobre a ocorrência de colelitíase em Leontopithecus [Lesson, 1840]: diagnóstico ultrassonográfico, Callitrichidae - Primates

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Felippi, Daniel Angelo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215607
Resumo: Em humanos, a colelitíase apresenta-se como um dos problemas cirúrgicos mais frequentes nos países desenvolvidos. Enquanto em primatas não humanos, a doença é geralmente diagnosticada somente em exames necroscópicos, sendo a maioria dos indivíduos assintomáticos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar por meio da ultrassonografia abdominal, a ocorrência de colelitíase em 17 micos-leões-dourados (Leontopithecus rosalia) e 13 micos-leões-da-cara-dourada (L. chrysomelas) mantidos sob cuidados humanos em cinco zoológicos brasileiros. A enfermidade foi diagnosticada em 53,3% dos animais avaliados, não sendo observada diferença estatisticamente significativa entre as espécies. A presença de cálculos na vesícula biliar foi detectada em 75,0% dos indivíduos com idade superior a cinco anos. Entre os animais examinados, 86,6% apresentavam a vesícula biliar septada e, destes, 53,8% foram diagnosticados com a doença. No entanto, também foram detectados cálculos biliares em indivíduos sem esta característica anatômica. A alteração laboratorial mais relevante foi a elevação da enzima gama glutamil transpeptidase (GGT), presente em 18,7% dos casos. Este estudo demonstrou que a litíase biliar é frequente em micos-leões mantidos sob cuidados humanos, sendo esta diagnosticada em todas as instituições participantes desta pesquisa. Micos-leões-dourados e mico-leões-da-cara-dourada são acometidos de maneira similar pela doença e o avanço da idade parece ser um fator importante para o surgimento dos cálculos. Diante desses resultados, acredita-se fortemente que os exames ultrassonográficos abdominais devam ser implantados no manejo preventivo desses primatas.