O linchamento de Edson Neris da Silva: reelaborações identitárias dos skinheads carecas do Brasil na sociedade paulista contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: França, Carlos Eduardo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/89578
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo captar as reelaborações das representações sociais dos skinheads “carecas do Brasil” após a morte de Edson Neris da Silva em fevereiro de 2000 na Praça da República, região central da cidade de São Paulo. Partimos da articulação do teatro do poder que elaborou a culpabilidade do violento crime aos skinheads “carecas do ABC”, considerando-os em suas representações como bárbaros e merecedores de uma punição exemplar, que servisse de modelo para as outras pessoas que possuem preconceitos de gênero controlar suas emoções e agressividades diante do diferente. As brechas presentes nos documentos permitiram que nós apreendêssemos outros aspectos dos símbolos e signos que compõem as teias de significados que afirmam as formas identitárias dos skinheads “carecas do Brasil”. Esses skinheads reelaboram e ressignificam as suas idéias e práticas sociais tendo como termômetro de mudanças a circularidade entre eles e a força de representações da imprensa e das pressões de segmentos sociais. Portanto, problematizamos a análise sobre as representações elaboradas pelos “carecas do Brasil” nos fanzines e demais meios de divulgação das idéias e valores desses grupos, quanto às produzidas pela imprensa, priorizando o jornal Folha de São Paulo, dentre os anos de 2000 a 2004, para captar não apenas as relações de poder presentes no confronto entre essas representações, mas, também, visamos desconstruir narrativas, tendo em vista desvendar as idéias, pensamentos, valores, tradições e culturas inventadas nesses discursos. Enfocamos as suas ações e experiências vivenciadas nos espaços urbanos, tendo em vista elaborar reflexões sobre os problemas cotidianos, de reestruturação das territorialidades, das redes de sociabilidade e das culturas de pertencimento configuradas...