Incorporação de partículas de hidrogel em microfibras de borracha natural obtidas por fiação por sopro em solução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cerna Ñahuis, Liesel Eulalia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216848
Resumo: Neste trabalho, microfibras de borracha natural (BN) e de compósitos a base de borracha natural com incorporação de diferentes quantidades de partículas de hidrogel (H) foram sintetizados usando a técnica de fiação por sopro em solução. Os hidrogéis utilizados foram constituídos de poliacrilamida (PAAm) e carboximetilcelulose (CMC). Fibras com estrutura morfológica em forma de fitas foram obtidas tanto para as microfibras de BN quanto para os compósitos BN/H com largura média entre 17-27 µm e 36-39 µm, respectivamente. As análises de FTIR indicaram não haver interações químicas entre os dois materiais. Os resultados das análises termogravimétricas TG e DTG dos compósitos apresentaram perda de massa no intervalo de 25-200°C e 200-290°C, associadas ao comportamento térmico individual do hidrogel. As curvas de DSC para os compósitos apresentaram dois eventos endotérmicos, um no intervalo de -164 a -163,5°C, atribuído à transição vítrea (Tg) da BN e o outro entre 109 a 117°C, associado a Tg do hidrogel superposto a processos irreversíveis influenciados pela presença de água no compósito. As curvas de tração das membranas microfibradas de BN e dos compósitos, apresentaram perfis semelhantes. Apresentaram também um incremento na tensão na ruptura em relação ao filme denso da BN. Este incremento foi atribuído principalmente ao alinhamento das microfibras durante o tensionamento. A tensão e deformação na ruptura dos compósitos diminuíram com o aumento de conteúdo de hidrogel nas fibras indicando fraca interação física entre a BN e o hidrogel. O grau de intumescimento das membranas compósitas fiadas mostrou ser dependente da quantidade de hidrogel incorporada nas fibras, atingindo um valor de aproximadamente 1427% para a membrana compósita obtida com a relação em massa de BN/H (1:2). A possibilidade de fabricar membranas com diferentes graus de intumescimento, maleáveis, abrem perspectivas promissoras para aplicações na área biomédica como materiais com liberação controlada de fármacos.