Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Dorigo, Adna Suelen [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153141
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Resumo: |
O atual cenário de uso intensivo de agrotóxicos no Brasil em áreas agrícolas que ofertam flores atrativas a abelhas requer informações biológicas sobre abelhas sem ferrão brasileiras bem como o desenvolvimento de testes que possam ser utilizados para estudos de avaliação de risco de abelhas sem ferrão durante o estágio imaturo, a fim de que órgãos públicos responsáveis pela segurança ambiental façam uso para fins de cálculos em avaliações de risco. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos: (i) apresentar dados biológicos de abelhas sem ferrão e (ii) desenvolver um protocolo de criação larval in vitro de Melipona scutellaris. Para tanto, (i) favos de cria e operárias adultas de M. scutellaris, Scaptotrigona postica e Tetragonisca angustula foram avaliados quanto ao alimento consumido por larvas (µL e mg) e por adultas (mg) e verificou-se também a massa corporal (mg) de operárias forrageiras e; (ii) propôs-se um método de criação larval de M. scutellaris, testando-se quatro vezes experimentos in vitro de maneira sequencial, avaliando-se parâmetros como taxa de defecação, pupação, emergência e mortalidade e morfometria de operárias recém emergidas. (i) Os valores médios, seguidos de seus desvios padrão, do (a) volume e da (b) massa de alimento larval por célula de cria, do (c) consumo diário de xarope e da (d) massa corporal individual por operária forrageira foram, nesta ordem, M. scutellaris: (a) 130.58 ± 0.52, (b) 158.04 ± 5.18, (c) 35.06 ± 9.15 e (d) 76.65 ± 2.9; S. postica: (a) 25 ± 1.14, (b) 32.5 ± 0.8, (c) 9.45 ± 2.41 e (d) 17.02 ± 0.35 e; T. angustula: (a) 5.6 ± 0.77, (b) 7.96 ± 1.03, (c) 7.23 ± 1.74 e (d) 4.1 ± 0.37. (ii) As taxas de emergência/larvas, de emergência/pupas e mortalidade/larvas foram, em média, de 80,2%, 92,61% e 7,42% nos bioensaios, respectivamente. As análises histológicas e morfométricas indicaram operárias emergidas in vitro com os parâmetros avaliados similares às in vivo. Os resultados fornecem subsídios essenciais para a caracterização dos riscos de exposição de abelhas sem ferrão a agrotóxicos. Os dados da quantidade de alimento consumido por larva e de xarope por operária forrageira e massa corporal de indivíduos adultos, combinados com informações sobre as concentrações destas substâncias em culturas agrícolas que ofertam flores atrativas para abelhas, poderão ser utilizadas para cálculos de risco. Somado a isso, o protocolo de criação in vitro desenvolvido apresentou uma taxa de emergência muito satisfatória, corroborando estudos prévios com outras espécies de abelhas sem ferrão, bem como produziu operárias recém emergidas com parâmetros semelhantes àquelas provenientes de condições naturais, possibilitando, dessa forma, sua utilização em testes de toxicidade. |