Morfologia da flor de Ludwigia nervosa (Poir.) H. Hara (Onagraceae) vs. abelhas visitantes, há alguma relação?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira, Eliana Aparecida lattes
Orientador(a): Mussury, Rosilda Mara lattes
Banca de defesa: Polatto, Leandro Pereira lattes, Boff, Samuel Vieira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1281
Resumo: O presente estudo investigou a biologia floral e reprodutiva, fenologia e a diversidade de abelhas visitantes de Ludwigia nervosa (Poir.) H. Hara. A pesquisa foi desenvolvida em um fragmento de mata ciliar no município de Ivinhema, Mato Grosso do Sul, Brasil. Para tal, descreveu-se morfologicamente as diferentes fases florais, os visitantes florais e os recursos disponibilizados a eles pelas flores. Investigou-se a receptividade do estigma, viabilidade polínica e picos de atividade das fenofases de floração e frutificação. Foram realizados testes para avaliar o sistema reprodutivo (tratamentos), entre eles: autopolinização manual, autopolinização espontânea, geitonogamia, xenogamia, apomixia e polinização natural. Após a formação dos frutos, estes foram contabilizados, mensurados e as sementes colocadas para germinar. Ludwigia nervosa apresenta flores que duram um dia e durante esse período disponibilizam os recursos florais como pólen e néctar. A receptividade do estigma inicia-se na pré-antese ás 5 horas, período em que o percentual de viabilidade polínica é maior (82,87%), e decresce até a senescência (21,38%) que inicia-se após as 13 horas. As abelhas visitantes foram: espécies de Exomalopsis, Xylocopa, Megachile e Apis mellifera. Constatou-se a presença de polinizadores efetivos como as espécies de Megachile e ocasionais como espécies de Exomalopsis, Xylocopa e Apis mellifera. Assim, características morfológicas típicas para atender a síndrome de polinização do tipo melitofilia foram predominante, no entanto outros tipos de síndromes com menor contribuição foram observadas. A floração é anual e prolongada com pico de atividade na estação chuvosa. Nos testes reprodutivos houve formação de frutos somente por pólen xenogâmico. Constata-se assim, que os polinizadores da espécie são eficientes, pois maior número de frutos (76%) e porcentagem de germinação (78%) foi observado no tratamento de polinização natural. Em função disso, afirma-se que o sucesso reprodutivo de Ludwigia nervosa está intimamente ligado ao comportamento de forrageio dos polinizadores efetivos promovendo o transporte de pólen de forma eficiente.