Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lussari, Wilson Roberto [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138116
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Resumo: |
O desafio em dar-se um adequado destino aos resíduos sólidos urbanos (RSU) impõe a mobilização de toda a sociedade, visto o ser humano gerar um crescente volume de resíduos. Com o aumento do consumo e a limitação de recursos da Natureza, a reciclagem tem-se tornado uma necessidade, que é melhor viabilizada pela implantação da coleta seletiva. Para implantar a coleta seletiva é preciso que se desenvolva na sociedade uma cultura de reciclagem, para gerar resíduos sólidos recicláveis que permitam sua reinserção no ciclo produtivo, como matéria-prima. Na cidade de Presidente Prudente, Estado de São Paulo, Brasil, foi adotada uma estratégia de articulação social, que mobilizou diferentes instituições, a fim de construir a sustentabilidade ambiental no município, por meio da educação ambiental, junto à população, e implantação da coleta seletiva, a partir da inserção de catadores de resíduos do lixão em uma cooperativa de trabalhadores de produtos recicláveis. A pesquisa teve como objetivos: identificar o modelo de relação que foi estabelecido entre o grupo surgido da sociedade e a cooperativa, de forma a contemplar as diferentes necessidades sociais e que, ao mesmo tempo, legitimasse a implantação da coleta seletiva e da educação ambiental da população; discussão das dimensões sociais do trabalho nas cidades e dos desafios da sua precarização; discussão da dimensão entre trabalho e meio ambiente e da evolução social dos resíduos na demanda para a construção da sustentabilidade ambiental em Presidente Prudente; apresentação da institucionalização do Grupo de Apoiadores e dos desafios para a autogestão na Cooperlix; o processo de formação e a consolidação do Grupo de Apoiadores; e registro das trajetórias do Grupo de Apoiadores e da Cooperlix, ao longo de 15 anos, da criação de ambos, até a celebração do contrato entre a cooperativa e o poder público municipal. A hipótese adotada é que foi preciso engendrar-se um modelo de relacionamento que possibilitasse ao Grupo de Apoiadores dar suporte ao dia a dia da Cooperlix, a fim de evitar a sua paralisia ou o seu colapso, enquanto ela não conseguisse sustentar-se. Quanto aos resultados, foi identificado que o modelo de relação desenvolvido, a partir do modelo de gestão do Grupo de Apoiadores e da cooperativa, foi inclusivo e democrático junto às diferentes instituições existentes na sociedade, fundamentado no Cooperativismo, na Autogestão e na Economia Solidária, além de engendrar uma organização do trabalho que acolhia toda e qualquer instituição pública ou privada que desejasse participar, bem como contribuir para que a cooperativa oferecesse um território que abrigasse os catadores do lixão, o descarte seletivo de resíduos sólidos e a prática de educação ambiental pela reciclagem. O modelo identificado deriva da relação recíproca de interdependência entre Grupo de Apoiadores e Cooperlix. A representação é inovadora, porque mostra como pessoas comuns podem, coletivamente, tornar-se protagonistas de transformações sociais em larga escala. |