Paisagens e muros: um olhar sobre a urbanização fechada na zona sul de Bauru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rossi, Mariana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144657
Resumo: Diante da observação de novas formas de organização e transformação da paisagem da cidade contemporânea nas últimas décadas, este trabalho propõe um olhar atento a fenômenos recentes que se caracterizam pela dispersão e descontinuidade do tecido urbano, relacionando-se, em geral, a tendências de privatização de atividades e serviços originalmente ligados à esfera pública. Nesse sentido, percebe-se que a proliferação de espaços residenciais de caráter privativo – como condomínios e loteamentos fechados – tem sido um importante agente transformador da paisagem, à medida que aponta para novos valores socioculturais, mudanças na concepção do desenho da cidade e na relação entre seu espaço e os habitantes. Este trabalho toma como estudo de caso uma unidade de paisagem na zona sul do município de Bauru, centro-oeste paulista, onde se vem observando um processo de expansão urbana caracterizada pela implantação de condomínios e loteamentos fechados. Através de uma abordagem que leva em conta a leitura da paisagem como método de investigação, buscou-se a compreensão desse contexto a partir do conjunto de interações entre o território, os aspectos morfológicos e os culturais, partindo da hipótese de que as transformações relacionadas à urbanização fechada no município de Bauru associam-se a um processo de fragmentação da paisagem, caracterizado por fatores como interrupções no traçado urbano, fragmentos de urbanização fechados para o exterior, e surgimento de novos padrões de expressão da diferenciação social na cidade. A complementaridade entre as chaves de leitura da paisagem propostas no trabalho permitiu evidenciar importantes relações entre morfologia e transformações socioculturais, mostrando que, com a urbanização fechada, surgem também novas práticas no que diz respeito ao consumo e ao convívio social na cidade contemporânea, cujas referências extrapolam, cada vez mais, os limites administrativos municipais, mas sim encontram sentido no contexto da internacionalização cultural, conhecida como globalização.