Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sbardella, Marina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214988
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Resumo: |
A condução de plantios de eucalipto pode ser realizada por diferentes sistemas silviculturais, dos quais destacam-se os sistemas de alto fuste e talhadia. No primeiro, após a colheita do plantio, ocorre a reforma do povoamento, com a implantação de novas mudas e possibilidade de alteração do material genético. Enquanto na talhadia, o povoamento florestal é composto pelos brotos emitidos pelas cepas que permaneceram na área após a colheita. Estes sistemas são considerados contrastantes e proporcionam diferentes condições para o crescimento de mudas e brotos em campo. Os objetivos deste trabalho foram: I - Avaliar o comportamento de 16 materiais genéticos de Eucalyptus spp, três meses após a colheita, quanto à emissão de novos brotos em manejo por talhadia e compreender a influência de fatores operacionais na capacidade de renegeração dos materiais genéticos. II – Comparar o crescimento inicial até o segundo ano de 16 materiais genéticos de Eucalyptus em primeira e segunda rotação; III – Comparar até o segundo ano de rotação o desenvolvimento de 10 materiais genéticos de Eucalyptus de origem clonal manejados simultaneamente em sistema de alto fuste e talhadia; IV – Quantificar ao longo de 9 meses o potencial hídrico foliar de clones de Eucalyptus spp em sistema de alto fuste e talhadia. O estudo da capacidade de brotação dos 16 genótipos foi realizado nas repetições 1, 3, 6 e 9, a aproximadamente três meses após o início da condução da talhadia, que foi iniciada em junho de 2018, onde foram avaliadas variáveis importantes, que influenciam na fase de estabelecimento das brotações: sobrevivência, contagem de brotos por cepa, altura e diâmetro de corte da cepa, altura e diâmetro da brotação principal, sombreamento e danos à cepa. Em seguida, foram comparados dados de sobrevivência, crescimento em altura e diâmetro à altura do peito (DAP) dos 16 genótipos entre primeira rotação (R1) e segunda rotação (R2), onde os genótipos apresentavam idade aproximada de 24 meses em R1 e 25 meses em R2. Os dados comparados foram coletados nas repetições 1, 3, 6 e 9, repetições onde adotou-se a condução de talhadia em segunda rotação. Com o intuito de comparar o crescimento de 10 genótipos entre alto fuste e talhadia, foram implantadas 4 repetições manejadas por sistema de alto fuste, onde foram plantados em 10 genótipos contidos nas parcelas manejadas por talhadia. Dois clones (E. camaldulensis x E. grandis e E. urophylla x sp) contidos em ambos os manejos foram estudados quanto ao seu status hídrico, por meio de avalições de potencial hídrico foliar. Foram avaliadas quatro plantas de cada clone, contidos em cada um dos manejos. As avaliações foram realizadas entre setembro de 2020 e maio de 2021 e ocorreram nos períodos antemanhã e ao meio dia. Os resultados de capacidade de brotação demonstram que genótipos de origem clonal apresentaram maior homogeneidade quando conduzidos a talhadia do que genótipos de origem seminal. A maioria dos genótipos apresentou um ou dois brotos por cepa, sendo que os três melhores clones apresentaram 3 ou mais brotos. As melhores brotações dos melhores clones apresentaram altura total de aproximadamente 1 m e diâmetro de 8 mm. Estes mesmos genótipos, com boas características de emissão de brotos, apresentaram aos 2 anos sobrevivência superior a 90% quando conduzidos a talhadia e crescimento em altura e DAP similar ao observado nas parcelas manejadas por alto fuste. A sobrevivência foi superior em R1 e em alto fuste para todos os clones estudados, no entanto alguns genótipos apresentaram comportamento similar em alto fuste e talhadia, demonstrando elevado potencial genético desde materiais para cultivo em regiões com características edafoclimáticas semelhantes. Os clones conduzidos a talhadia apresentaram maior variação de potencial hídrico ao longo do dia, sendo que destes, o híbrido E. camaldulensis x E. grandis apresentou maior variação períodos mais secos como em períodos mais chuvosos. Até o segundo ano de rotação é possível verificar que alguns genótipos apresentaram boas características de sobrevivência e crescimento para serem conduzidos tanto a alto fuste como a talhadia. Esse resultado permite a seleção do manejo mais viável em termos econômicos e ambientais. No entanto, estudos ao longo de uma rotação completa são necessários a fim de melhor acompanhar o comportamento dos clones em termos de produtividade e de tolerância a estresses climáticos. |