Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bataglioli, Izabela da Cunha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183595
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Resumo: |
Nas últimas décadas estudos científicos tem dado destaque as altas concentrações de mercúrio (Hg) encontradas em solo, sedimentos, peixes e seres humanos na Amazônia. No entanto, encontram-se ainda escassos estudos relacionados aos mecanismos de toxicidade do mercúrio em nível celular na ictiofauna e populações ribeirinhas. Neste sentido, a investigação dos níveis de expressão de proteínas poderá agir como peça chave na elucidação de biomarcadores de exposição ao mercúrio, facilitando o estudo da contaminação no ambiente e seres vivos por este metal tóxico. O mapeamento destas proteínas associadas ao mercúrio poderá indicar previamente possíveis riscos de contaminação do pescado, bem como evitar a exposição humana ao mercúrio. Estudos metaloproteômicos recentes com peixes da região amazônica, desenvolvidos por grupo de pesquisadores da UNESP de Botucatu, permitiram o fracionamento e caracterização de algumas proteínas associadas ao mercúrio com características de biomarcador. No entanto, os aspectos fisiológicos e funcionais dessas proteínas associadas ao mercúrio nos peixes amazônicos e os mecanismos de adaptação apresentados por estes animais frente à exposição ao metal ainda não foram elucidados. Assim, o presente estudo teve por objetivo utilizar uma nova estratégia de preciptação (fracionada) de proteínas para avançar no conhecimento em busca de biomarcadores proteicos/enzimáticos da contaminação de mercúrio em amostras de tecido hepático de pirarucu (Arapaima gigas) coletados em áreas próximas do reservatório da Usina Hidrelétrica de JIRAU - Rio Madeira utilizando-se as seguintes estratégias metaloproteômicas: fracionamento do proteoma das amostras por 2D PAGE (eletroforese bidimensional); mapeamento do mercúrio nos spots proteicos por GFAAS (espectrometria de absorção atômica em forno de grafite); caracterização das proteínas associadas ao mercúrio por ESI-MS-MS (espectrometria de massas) e utilização de procedimentos de bioinformática que poderão contribuir no conhecimento dessas proteínas em níveis fisiológicos e funcionais, bem como suas vias metabólicas. Os resultados obtidos mostram que dos 105 spots proteicos obtidos, 18 apresentaram concentrações de Hg. Nestes 18 spots, foram caracterizadas 10 proteínas que interagiram com mercúrio: Cyb5a protein, Cystathionine beta-synthase a, Fatty acid binding protein 1-A, liver, GTP-binding nuclear protein Ran, Triosephosphate isomerase, 6-pyruvoyl-tetrahydropterin synthase/dimerization cofactor of hepatocyte nuclear factor 1 alpha (TCF1), Novel protein similar to zebrafish hemoglobin alpha-adult 1 (Hbaa1), Hemoglobin subunit alpha, Superoxide dismutase, Perforin 1.8. Todas essas proteínas encontradas apresentam caracteristicas moleculares que favorecem a ligação a metais e podem ser usadas futuramente como biomarcadores de exposição ao mercúrio. Palavras chaves: Mercúrio em peixes amazônicos; Proteômica; Metalômica; Toxicidade; Pescado e Meio Ambiente. |