Análise de parentesco em filhotes de pirarucu (Arapaima gigas Cuvier, 1817), utilizando marcadores microssatélites.
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4391 |
Resumo: | Arapaima gigas, conhecido no Brasil como pirarucu, é uma das espécies economicamente mais importantes da bacia Amazônica. No entanto, o conhecimento sobre alguns aspectos da biologia, comportamento e crescimento, em qualquer modalidade de criação intensiva, ainda é escasso. O pirarucu apresenta um comportamento reprodutivo complexo e durante esse período, observações de criadores e de outros autores afirmam que: ocorre a formação de casais, construção de ninhos e o cuidado parental da prole que é realizado pelo macho. O presente trabalho teve o intuito de fornecer informações sobre o parentesco genético, entre filhotes de pirarucu, provenientes de áreas de cativeiro e de área semi-aberta (Santarém), utilizando marcadores microssatélites. A técnica mencionada tem sido a ferramenta molecular mais utilizada pelos pesquisadores para revelar níveis de relacionamento genético dentro e entre grupos de irmãos e parentes mais próximos. As análises de parentesco foram feitas utilizando-se nove (os mais polimórficos) microssatélites desenvolvidos para A. gigas. As genotipagens foram realizadas no seqüenciador automático de DNA MegaBace 1000 utilizando-se o programa Genetic Profiler v1.2. As freqüências alélicas e os valores de heterozigosidade esperadas e observadas foram obtidos através do programa ARLEQUIN e GENETIX v. 4. Genótipos para todos os filhotes das duas ninhadas, foram usados para calcular os coeficientes de relacionamento dos pares e a relação de parentesco, usando o programa de computador KITNSHIP v1.2, baseado em todos os locos. As categorias de relacionamento foram estimadas usando o programa ML-RELATE. Nossos resultados indicaram que as ninhadas, das áreas de cativeiro apresentaram, em média, estimativas altas de relacionamento, variando de 0,48 em Itacoatiara 2 e Rio Preto da Eva a 0,51 em Itacoatiara 1. Nas amostras de Santarém, os valores médios encontrados variaram de 0,46 a 0,80 em STM G2 e STM G3, respectivamente. As matrizes das categorias de relacionamento, mostram que tanto nos grupos de cativeiro, como nos grupos de área semi-aberta, a maior freqüência observada nos filhotes é da categoria não-relacionados (U). Quando analisamos separadamente cada amostragem, percebemos outros níveis de relações de parentesco ou categorias de relacionamento nos filhotes. Esses resultados indicam que, apesar dos filhotes estarem altamente relacionados, a hipótese de uma “maternidade ou paternidade extra” aos pares do acasalamento, não pode ser ignorada. Tais resultados demonstram uma estratégia reprodutiva natural e efetiva, para a manutenção da variabilidade genética na prole de Arapaima gigas. |