Desempenho de populações geográficas de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) em dietas naturais e artificial e caracterização por microssatélites

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Ivana Fernandes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150891
Resumo: Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) possui ampla distribuição geográfica e é reponsável por perdas econômicas em várias culturas de importância agrícola ao redor do mundo. As lagartas apresentam grande plasticidade em termos de exigência nutricional e, devido à polifagia, se adaptam a diversos hospedeiros, com valores nutricionais variados, os quais podem afetar seu desenvolvimento biológico. Considerando a recente introdução do inseto no Brasil (2013), aliada à falta de consenso sobre a origem das populações a campo, dificuldades no estabelecimento de criações massais, bem como a necessidade de maior entendimento sobre sua interação com os hospedeiros em nosso país, este estudo teve como objetivos: disponibilizar uma dieta padronizada para criações de H. armigera em laboratório (25±2°C, 70±10% U.R. e 14h de fotofase), caracterizar molecularmente três populações, de São Paulo, Bahia e Distrito Federal, avaliar o desempenho biológico e o potencial biótico de indivíduos provenientes de diferentes populações em dieta artificial e investigar a performance de H. armigera em estruturas vegetativas e reprodutivas de algodão, milho e soja. As análises moleculares mostraram similaridade elevada entre indivíduos das três populações, indicando uma origem única para H. armigera no Brasil. O método de criação, bem como os índices nutricionais da dieta artificial oferecida se revelaram adequados para o inseto. A viabilidade média das fases larval e pré-pupal foi semelhante nas três populações. A duração média em dias das pupas fêmeas de seis instares foi de 11,4; 11,6 e 12,0 dias, para as populações de SP, DF e BA, respectivamente. As fêmeas de São Paulo apresentaram a maior média de peso pupal. A progênie proveniente de algodão (BA) apresentou maior potencial biótico, maior taxa reprodutiva e melhor fecundidade em relação aos insetos das outras regiões. Nos tecidos vegetativos e reprodutivos de soja, milho e algodão, os índices de viabilidade larval variaram de 22% a 55%, enquanto que na dieta artificial a viabilidade foi de 62%. Na comparação com as dietas naturais, a dieta artificial se revelou como o substrato mais adequado ao desenvolvimento de H. armigera, no entanto, não se deve descartar a variabilidade na composição nutricional dos hospedeiros naturais a campo, bem como a oferta mista a partir de diferentes partes da planta ou migração entre espécies vegetais durante a fase larval do inseto.