Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carvalhaes, Sofia Domingues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/251316
|
Resumo: |
As políticas curriculares brasileiras têm sido alvo de reformas educacionais de cunho empresarial desde o fim dos anos 1990, especialmente sob o discurso da crise de qualidade da educação. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi aprovada nesse cenário, sendo uma política educacional de teor normativo que estabelece o conjunto de aprendizagens essenciais aos alunos da educação básica, o que levou à reestruturação dos currículos estaduais e municipais no país. Dessa maneira, o objetivo dessa pesquisa é analisar, a partir da pedagogia histórico-crítica, as mudanças no ensino de ciências dos anos finais do ensino fundamental no currículo de Minas Gerais, sob a eterminação da BNCC. A pesquisa tem cunho documental e tem por referencial teórico-metodológico o materialismo histórico-dialético. Assim, utilizamos das categorias totalidade, mediação, contradição, singular-particular-universal e das categorias seleção, organização e sistematização dos conteúdos, próprias da concepção curricular da abordagem crítico-superadora, para analisar a área de ciências da natureza no Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG), elaborado a partir da BNCC. Os resultados apontam que as mudanças ocorridas na seleção, organização e sistematização dos conteúdos de ciências da natureza no currículo de Minas Gerais, sob a determinação da BNCC, estão atravessadas pelo adensamento do projeto neoliberal da sociedade, que se manifesta na educação pela implementação de políticas e práticas gerencialistas e privatistas no âmbito da organização escolar, alinhadas aos interesses da classe burguesa brasileira. Isso também se dá pela hegemonização das pedagogias do aprender a aprender, correspondentes às imposições dos organismos internacionais, e pela institucionalização de um currículo mínimo em que a seleção, organização e sistematização dos conhecimentos historicamente produzidos estão fundamentalmente amparadas nas possibilidades que os mesmos têm de contribuir para a formação da subjetividade e das capacidades da classe trabalhadora de responderem às exigências de um sistema produtivo, no qual as relações entre trabalho e prática social são fragmentadas e as condições de vida precarizadas. |