Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Alves, Rebeca [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154198
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Resumo: |
No ano de 1994, coincidentemente, dois romancistas brasileiros, Rubem Fonseca (1925) e João Silvério Trevisan (1944), se propuseram a romancear a biografia de dois músicos nacionais que fizeram carreira no século XIX, são eles: Carlos Gomes (1836-1896) e Alberto Nepomuceno (1864-1920). Embora protagonistas de trajetórias distintas, os dois músicos carregam a semelhança de terem saído do Brasil, com o auxílio do governo, para realizarem seus estudos na Europa. Carlos Gomes, o personagem histórico do romance O selvagem da ópera, de Fonseca, vive atormentado pela sombra da influência e da imitação de um modelo de ópera consolidado na Europa, e Alberto Nepomuceno, protagonista do romance Ana em Veneza, de Trevisan, parece herdar a crise vivida pelo seu compatriota anos antes, embora tenha uma visão mais modernista em relação às reais condições de se criar uma arte nacional. Ao utilizarem a imagem de músicos brasileiros como personagens ficcionais, Fonseca e Trevisan fazem uma releitura da construção da identidade brasileira e possibilitam uma reflexão acerca das perspectivas histórico-literárias desse projeto identitário, pensado a partir do romantismo. Dessa maneira, o trabalho pretende verificar o modo como esses escritores releem a nossa busca por uma arte tipicamente brasileira, ao proporem um diálogo com o projeto de construção da identidade que permeia o século XIX e avança para o século XX. A partir disso, será possível discutir como esse projeto passa a ser compreendido, na visão desses escritores, no momento em que o mundo já tem o seu olhar voltado para o século XXI. |