Variabilidade espacial da suscetibilidade magnética para definição de áreas mínimas de manejo de fósforo adsorvido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Luis Fernando Vieira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193239
Resumo: O fósforo (P) é um macronutriente não renovável, fundamental para o desenvolvimento e incremento produtivo das lavouras. Portanto, sua dinâmica e interações com óxidos de ferro podem ser úteis na definição estratégica de áreas mínimas de aplicação de P. Técnicas de sensoriamento do solo como suscetibilidade magnética (χ) permitem a identificação e quantificação de minerais ferrimagnéticos como magnetita e maghemita. Logo, a χ pode ser um atributo estratégico para mapear fósforo adsorvido em solos com baixo e alto teor de óxidos de ferro. O objetivo neste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial dos minerais magnéticos e o potencial da χ no reconhecimento de áreas mínimas de P ads em solos sob contraste litológico com ampla variação mineralógica. Em uma área de 443 hectares cultivada com cana-de-açúcar no estado de São Paulo foram coletadas 83 amostras de solo na profundidade de 0,00 – 0,20 m. A análise de suscetibilidade magnética em baixa e alta (χ Lf) frequência (χ hf) foi realizada em todas as amostras de solo. A caraterização dos minerais magnéticos foi realizada por difração de raios X (DRX) e a diferenciação química dos minerais magnéticos litogênico (magnetita-Mt) e pedogênico (maghemita-Mh) foram determinados por χ antes e depois de redução química por citrato-bicarbonato-dithionito (DBC), em seguida determinou-se o fósforo adsorvido. Os resultados analíticos foram avaliados por análises descritivas e o padrão espacial por aplicação de técnica geoestatística. A χLf diferencia solos do seu respectivo material de origem mesmo em condição de intemperismo elevado e complexidade litológica. Regressão lineares positivas entre P ads e argila (R2 = 0,78), P ads e χLf (R2 = 0,86) e P ads e Mh (R2 = 0,84) assinalam o uso da χLf como componente de funções de pedotransferência para quantificação indireta do Pads no solo. A quantificação de Mh e Mt por χLf mostra-se mais sensível do que a DRX. Esta técnica indicou que a Mh é o principal mineral condicionador do sinal magnético do solo. O padrão espacial dos minerais magnéticos indica que Mh é herdada da oxidação direta da Mt. A χLf do solo é sensível à variabilidade espacial do P ads, podendo auxiliar na identificação de áreas mínimas de adubação fosfatada em solos sob complexos litológicos.