Atividade antimicrobiana e antibiofilme de óleos essenciais contra micro-organismos orais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Albuquerque, Yasmin Etienne
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182063
Resumo: Os objetivos deste trabalho foram: a) realizar uma revisão crítica sobre as plantas listadas na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) que apresentam evidência de atividade antimicrobiana contra micro-organismos cariogênicos (Publicação 1); b): avaliar e comparar a atividade antibacteriana e anti-aderente de óleos essenciais de plantas incluídas na RENISUS obtidos de duas fontes (Publicação 2); c) comparar o comportamento de biofilmes de Streptococcus mutans com biofilmes polimicrobianos e avaliar a citotoxicidade e a capacidade de óleos essenciais de plantas incluídas na RENISUS em interferir na maturação desses biofilmes (Publicação 3). Publicação 1: foram selecionados artigos que avaliaram extratos de plantas listadas na RENISUS contra micro-organismos cariogênicos. Apenas 17 das 71 plantas da RENISUS foram estudadas. Dos 24 estudos in vitro, apenas 6 realizaram testes com biofilmes. Apenas Lippia sidoides e Punica granatum foram avaliadas em estudos clínicos randomizados ou cruzados. Publicação 2: de cada espécie vegetal selecionada foram obtidas duas amostras de óleos essenciais de fontes diferentes (Fonte comercial: Empórios Laszlo ou Quinari; Fonte ex-situ: Banco de germoplasma). Foram utilizados micro-organismos orais de referência (Actinomyces naeslundii, Lactobacillus acidophilus, Streptococcus oralis, Streptococcus mutans, Streptococcus parasanguinis, Streptococcus salivarius e Streptococcus mitis). Para fins comparativos, foi utilizado o digluconato de clorexidina 0,12% (CHX). A concentração inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CBM) dos óleos essenciais foram determinadas. Os óleos essenciais mais ativos (Cordia curassavica e Eugenia uniflora da Fonte comercial e Eugenia uniflora e Tagetes minuta da Fonte ex-situ) foram avaliados em concentrações sub-inibitórias quanto à sua atividade anti-aderente e caracterizados quimicamente. Os óleos essenciais de C. curassavica (Fonte comercial) e T. minuta (Fonte ex-situ) apresentaram atividade anti-aderente contra um maior número cepas. Os constituintes majoritários dos óleos essenciais são sesquiterpenos. Publicação 3: os óleos essenciais foram avaliados quanto à CIM e CBM de S. mutans e inóculo polimicrobiano proveniente de saliva humana. Os óleos essenciais mais ativos foram avaliados quanto à capacidade em interferir na maturação de biofilmes. Os biofilmes foram analisados quanto a sua acidogenicidade, composição microbiana e bioquímica. A citotoxicidade dos óleos essenciais ativos em biofilmes foi avaliada utilizando cultura de fibroblastos e queratinócitos. O óleo de E. uniflora de ambas as fontes foi o mais ativo e foi capaz de reduzir a viabilidade e a acidogenicidade dos biofilmes e apresentaram citotoxicidade menor ou igual a CHX. Biofilmes polimicrobianos apresentaram comportamento diferente em comparação à biofilmes de S. mutans (menor viabilidade, maior acidogenicidade e maior concentração de compostos bioquímicos). Conclusão geral: poucas plantas listadas na RENISUS foram avaliadas quanto ao seu potencial anticariogênico (Publicação 1). Os óleos essenciais de C. curassavica (Fonte comercial) e T. minuta (Fonte ex-situ) apresentaram melhor atividade anti-aderente. Óleos essenciais obtidos de fonte comercial podem ser tão efetivos quanto os óleos obtidos de coleções ex-situ (Publicação 2). O óleo essencial de E. uniflora de ambas as fontes foram efetivos em biofilmes. Biofilmes monotípicos podem superestimar a ação antimicrobiana de produtos naturais, sendo indicado então, para estudos in vitro, o uso de biofilmes polimicrobianos (Publicação 3).