Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gerolamo, Joselene Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191056
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Resumo: |
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que se apresenta na atualidade com um percentual em ascensão. Esta conjuntura tem mudado as configurações da pirâmide etária e produzido impacto nos processos de subjetivação no cenário contemporâneo, especialmente no que se refere às mulheres. A elas são demandadas a obediência aos padrões morais e corporais ditados pela sociedade atual, ainda fortemente marcada por imperativos patriarcais, que cultuam a beleza e a juventude eternas a serviço, principalmente, do homem. Este trabalho dedica-se a investigar e compreender os sentidos dados ao processo de envelhecimento na sociedade ocidental contemporânea para mulheres adultas de diferentes faixas etárias. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas direcionadas a dois grupos de mulheres com idades entre 20 a 35 anos e de 65 a 80 anos, sendo estas posteriormente sistematizadas, transcritas e qualitativamente analisadas, tendo como suporte metodológico a Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2009). No percurso da pesquisa, primeiramente discorremos acerca das singularidades e pluralidades que envolvem o processo de envelhecer na atualidade. Em seguida elegemos refletir sobre os ditames juvenis impostos e propagados pelo aparato midiático que se configuram como dispositivos reguladores do processo de envelhecer. Versamos também acerca da trajetória feminina de construção e dominação patriarcal dada por meio dos discursos de silenciamento avançando para a ditadura da beleza, culminando, enfim, o aceite do passar do tempo como forma de resistência no contemporâneo. Por meio aporte metodológico eleito foi possível elencar categorias de análise advindas das falas de nossas entrevistadas que corroboraram para a percepção sobre o processo de envelhecimento feminino atual. A velhice é tabu principalmente entre as mulheres jovens, as quais parecem aprisionadas em seus próprios corpos por preceitos patriarcais que insistem em se perpetuar ardilosamente. Já para as mulheres velhas apresenta-se como um período em que sonhos e desejos antes cerceados têm a possibilidade de concretizar-se. Além disso é preciso redimensionar o envelhecer e compreendê-lo como um processo que perpassa toda nossa existência. Quiçá esse seja o caminho para discutirmos mais abertamente sobre tal temática, a fim de vivermos o tempo em sua plenitude. Salientamos, ainda, a importância do feminismo como dispositivo potente na conquista pelo direito de envelhecer feminino que, apesar de todas as lutas, ainda não foi alcançado. |