Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pertuz, Marcia Arteaga [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256659
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Resumo: |
Esta é uma tese sobre a vida. Fundamentada nas contribuições dos Feminismos do Sul e do Feminismo Marxista, abordamos a defesa da vida, a água, a terra e o corpo-território realizado por mulheres do campo no Brasil e na Colômbia. Para isto, nos apoiamos nos relatos e experiências compartilhadas pelas mulheres defensoras e articuladas à FENSUAGRO (Colômbia), MST, MAM e STPR (Brasil), a partir das quais procuramos compreender como as mulheres constroem estratégias de manutenção da vida nas suas comunidades, em contextos de alta violência e disputa diante do avanço predatório dos projetos capitalistas em seus territórios. Perante o qual, destacamos a potência transformadora de suas ações como possibilidade de emancipação do conjunto da sociedade e particularmente, de seus corpos-territórios. Assim, partindo de uma perspectiva geográfica, este trabalho apresenta algumas aproximações para uma Leitura Feminista da Questão Agraria Latino-americana e do Caribe, que nos permite encontrar pontos-chaves para compreender os processos violentos do campo que são resultado da Acumulação Capitalista, cujas bases se encontram na exploração, dominação e opressão das mulheres. Esta perspectiva, fundamenta-se numa práxis feminista, que considera a relevância de repensar as implicações político-epistemológicas na produção de saberes e suas conexões com o reconhecimento e estudo das práticas emancipatórias das mulheres no nosso campo de estudos. A partir desta práxis, nós reivindicamos as possibilidades de colocar a vida no centro, a reprodução social da vida como centralidade de nossos debates, reconhecendo-lhe não apenas como trabalho produtivo, mas como estratégia de resistência perante as violências do patriarcado e do capitalismo. Esta abordagem é indispensável para avançarmos na construção de epistemologias geográficas outras, que representam rupturas e transformações das hegemonias do saber que nos distanciam do conhecimento situado da realidade. Uma contribuição diante da urgente necessidade de renovação dos estudos agrários, para passar a considerar os Nós e Entronques entre os sistemas de opressão colonialismo-racismo-patriarcado-capitalismo, assim como, entre as relações desiguais de classe, raça-etnia, gênero e sexualidades que se derivam de estes. |