Avaliação dos metabólitos do triptofano e perfil de resposta imune na pele de cães com leishmaniose visceral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Jacintho, Ana Paula Prudente [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IDO
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235361
Resumo: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma antropozoonose causada pelo protozoário Leishmania infantum, cuja pele é o sítio inicial da infecção, antes da visceralização do parasita. Os efeitos imunopatológicos da resposta imune sistêmica interferem com a função dos órgãos injuriados. A enzima IDO é responsável pelo catabolismo do triptofano e esgota o L-Triptofano do microambiente local, resultando na produção de metabólitos da via quinurenina, comprometendo a função de linfócitos T e resultando em imunossupressão. Existem poucos estudos que correlacionam os metabólitos de triptofano à imunopatogenia da LV canina. Portanto, o objetivo deste estudo foi comparar as lesões cutâneas com a carga parasitária, a imunodetecção de subprodutos do triptofano da via da quinurenina (ácido quinurênico e ácido quinolínico), dos linfócitos Treg, das células dendríticas imaturas e maduras (CD11 e CD83 respectivamente), IL-10 e de macrófagos M1 e M2. Para isso foram utilizados fragmentos de pele (ponta de orelha e plano nasal) de 30 cães com LV (grupo infectado) e de 05 cães não infectados (grupo controle), que foram submetidas à análise imuno-histoquímica. Todas estas variáveis estavam aumentadas no grupo infectado, exceto M1 e CD83, que não diferiram estatisticamente entre os grupos, tanto na orelha quanto no plano nasal. No grupo infectado houve maior proporção de macrófagos M2, de células dendríticas imaturas, ácido quinolínico e quinurênico, IL10 e linfócitos Treg, o que indica a predominância de uma resposta imune Th2, inibição da ativação de linfócitos T e da apresentação eficiente de antígenos. Os metabólitos do triptofano no microambiente cutâneo tiveram um papel imunossupressor durante a infecção por Leishmania infantum, possivelmente contribuindo para a persistência da infecção na pele e com a distribuição sistêmica do parasita.