Prevalência de defeitos de esmalte na dentição decídua em escolares de Araraquara-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Lana Kei Yamamoto de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152763
Resumo: Os defeitos de esmalte são alterações pouco estudadas na dentição decídua, apesar de acarretarem problemas como sensibilidade dentária, estética indesejável e aumento do risco ao desenvolvimento da cárie dentária. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de defeitos no esmalte dentário na dentição decídua de escolares de Araraquara/SP. Foi realizado o exame clínico em crianças de 4 anos (n=656), para o registro dos seguintes índices: fluorose dentária (FD) (TF, 1978), cárie dentária (OMS, 1997), hipomineralização de molar decíduo (HMD) (Elfrink et al., 2012), defeitos de desenvolvimento de esmalte não-fluoróticos (FDI, 1992), erosão dentária (Bartlett et al., 2008) e atrição dentária (Pullinger e Seligman, 1993). Dois questionários estruturados foram respondidos pelos pais/responsáveis dos escolares, com intuito de identificar a condição socioeconômica, o histórico médico/odontológico, além do histórico comportamental e de hábitos alimentares. Os dados foram coletados no período de março a novembro/2017 e foram analisados por meio do programa SPSS 17.0 for Windows. A estatística descritiva foi utilizada para verificar a prevalência dos defeitos de esmalte e a relação com as outras variáveis propostas através do teste Qui-quadrado, ao nível de significância de 0,05, sendo as associações verificadas pelo Odds Ratio. Os resultados deste estudo mostraram que, dentre os defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário, a FD foi a mais prevalente (6,1%, n=40), seguida pela HMD (5,6%, n=37) e Opacidade localizada (4,1%, n=27). Dentre os defeitos adquiridos, a atrição foi a lesão mais prevalente (36,9%, n=242), seguida pela erosão (2,4%, n=16). Ao avaliar os fatores etiológicos relacionados à manifestação dos defeitos de desenvolvimento dentário nas crianças, as seguintes variáveis apresentaram associação: amamentação não exclusiva pelo leite materno (p=0,003) e icterícia ao nascimento (p<0,001). Com relação aos defeitos de esmalte adquiridos e seus fatores relacionados, verificou-se uma associação significante com episódios frequentes de vômitos (p=0,037). Nenhuma associação foi observada com relação aos fatores socioeconômicos. Conclui-se que a prevalência geral dos defeitos de esmalte na dentição decídua na cidade de Araraquara-SP foi de 48,6%, sendo considerado um valor relevante, visto que o conhecimento destes dados possibilita a instituição de uma conduta preventiva ao paciente afetado por essas alterações.