Linguagem gráfica no livro didático de matemática: uma análise a partir da mediação dialética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sampaio, Alexsandra Cáceres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157170
Resumo: Avaliações externas mostram que os alunos brasileiros apresentam dificuldades para a aprendizagem matemática e apontam que a atuação docente é uma das variáveis que potencializam o fracasso escolar. Neste contexto, realizamos esta pesquisa de cunho teórico-bibliográfico e documental, que buscou estudar a “Teoria da Metodologia da Mediação Dialética (M.M.D.)” (ARNONI, 2018), em que a contradição é inerente à mediação, na qual, por meio da linguagem, veicula o conceito educativo ensinado entre professor e aluno, dialetizando-o via etapas metodológicas da M.M.D., promovendo a aprendizagem conceitual do aluno. Daí o questionamento: a linguagem do livro didático de Matemática, que oficialmente determina o modelo de aula na educação escolar, promove o estabelecimento da mediação dialética entre o professor e os alunos? Optamos pela análise da linguagem gráfica, cuja função é a de facilitar a compreensão do conceito pelo aluno, sendo utilizada para complementar o texto verbal. Com relação aos resultados da pesquisa, tornaram-se evidentes as limitações enfrentadas pelo autor: por um lado, o fato de ele desconhecer o conhecimento matemático de seus usuários – professor e aluno –, o que dificulta ou inviabiliza a compreensão do que está proposto; e, por outro lado, o fato de ele não apresentar o conceito matemático no manual do professor, em especial, nos primeiros anos do ensino básico, cuja formação inicial é pela Pedagogia, que não tem a obrigatoriedade de ensinar os conceitos científicos das áreas de conhecimento que compõem a grade curricular do ensino básico. É evidente, também, a dificuldade de ilustrar adequadamente a linguagem científica do conceito matemático, limitando as possibilidades de exploração de conceitos. Na perspectiva da mediação dialética, o livro didático oficialmente retira do professor a possibilidade de ele conscientemente planejar, desenvolver e avaliar sua atividade educativa.