Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
De Marchi Júnior, Adriano Francisco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214503
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Resumo: |
A associação entre obesidade (índice de massa corporal (IMC) > 30 kg/m2) e hormônio estimulante da tireoide (TSH) é descrito na literatura, evidenciando o TSH sérico positivamente correlacionado com ganho de peso. Há redução na expressão de receptor de TSH (TSHR) no tecido adiposo subcutâneo e visceral de pessoas com obesidade grave em comparação com a expressão no tecido adiposo em indivíduos magros, com a perda de peso há redução de TSH e aumento de TSHR. Dentre as estratégias para perda de peso, “normalização” do TSH e melhora de diversos parâmetros metabólicos está à cirurgia bariátrica. Objetivo: Avaliar a correlação entre o IMC e os níveis séricos de TSH em obesos mórbidos (IMC > 30 kg/m2) submetidos à cirurgia bariátrica. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo com levantamento de prontuário de 96 pacientes com obesidade mórbida (grau III) submetidos à cirurgia bariátrica de 2012 a 2016, que não apresentavam doença tireoidiana, oriundos do ambulatório de obesidade da Faculdade de Medicina de Botucatu. A correlação entre TSH e IMC na obesidade e após perda de peso induzida pela cirurgia foram investigados, bem como analisados os parâmetros: tiroxina livre (T4L), colesterol total (CT), triglicerídeos (TG) e glicemia. Resultados: A avaliação dos pacientes após seis meses da cirurgia bariátrica demonstrou a evolução de obesidade III (100%) para obesidade I (28,1%) ou II (24%), sobrepeso (35,4%) ou eutrofismo (12,5%). Os pacientes pós-bariátrica com IMC <40kg m2 mostram TSH sérico diminuído comparado aos níveis pré-bariátrica, com IMC >=40 kg/m2, (1,81 ± 0,25vs 2,48 ± 0,2, p < 0,001). A diminuição do IMC e TSH foram acompanhadas pela redução dos níveis de T4L e melhora do perfil glicêmico e lipídico. Conclusão: Os resultados do presente estudo reforçam que o tratamento da obesidade por meio da cirurgia bariátrica é efetivo na perda de peso e nos primeiros seis meses já é possível constatar benefícios metabólicos para o paciente e demonstra que o “set point” hipotálamo-hipófise está alterado em pacientes obesos. Constatamos que o IMC e o TSH, mesmo em níveis dentro da normalidade, estão positivamente relacionados, pois os pacientes pós-bariátrica apresentaram tanto IMC quanto TSH diminuído. |