Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Maíce Giovanini [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150114
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Resumo: |
Atualmente estamos em uma corrida entre a descrição da biodiversidade da Terra e sua extinção. Estima-se que a maior parte dessa biodiversidade está sendo extinta antes mesmo de ser descrita. Dentre essa grande diversidade, os peixes são os vertebrados de maior sucesso evolutivo, caracterizando uma diversidade impressionante. Os tubarões, por exemplo, caracterizam em predadores do topo de cadeia alimentar, sendo descritas atualmente aproximadamente 500 espécies, e cada vez mais novas descobertas são feitas com relação a novas espécies. Porém as populações de tubarões estão em declínio devido ao consumo desenfreado de suas nadadeiras pelo mercado e comércio asiático. Soma-se a isso a grande dificuldade na identificação morfológica que é associada à prática de remoção da cabeça e de partes do corpo. A descaracterização pode dificultar, ou no caso de algumas espécies, até mesmo impossibilitar sua identificação. Portanto a necessidade de identificar as espécies de forma mais rápida e eficiente levou ao desenvolvimento de marcadores moleculares, que pudessem servir de respaldo para o monitoramento e controle do comércio desses animais. Uma dessas ferramentas é o DNA Barcode, o qual foi utilizado nesse trabalho para a identificação de nadadeiras coletadas no mercado de peixe de algumas cidades como Santos, Ubatuba e Cananéia do estado de São Paulo. O sequenciamento do gene mitocondrial Citocromo Oxidase subunidade I foi realizado. Posteriormente foram analisadas as sequências no site do System BOLD para identificação das espécies. Com isso foi possível a identificação de 13 espécies distintas, algumas delas no Anexo II da CITES, na lista vermelha da IUCN e na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente, observando a grande necessidade de uma fiscalização maior com relação a suas capturas. Também foi feita uma comparação para saber quais espécies eram mais coletadas e que atualmente não são mais, inferindo assim que pode ter havido a sobrepesca de algumas dessas espécies. Por fim, além da caracterização da exploração pesqueira regional, a utilização de técnicas moleculares de identificação pode viabilizar estatísticas mais abrangentes determinando os níveis de exploração por espécie e permitindo a aplicação de planos de manejo e a ordenação da exploração pesqueira. |