Emissões de amônia, óxido nitroso e metano de excretas de bovinos confinados recebendo dietas com proteína não degradável no rúmen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Coelho, Larissa de Melo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210931
Resumo: A inclusão de níveis mais elevados de proteína não degradável no rúmen (PNDR) em dietas para bovinos é adotada como estratégia para melhorar a eficiência do uso de aminoácidos e reduzir a excreção de nitrogênio (N) no meio ambiente. Assim, é necessário avaliar o efeito de fontes de PNDR em dietas sobre as emissões de metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) e amônia (NH3) nas excretas de bovinos criados em confinamento. A hipótese avaliada foi que o uso de fontes de PNDR na dieta dos animais poderia reduzir a eliminação de N pela urina e contribuir para a redução de N2O, CH4 e NH3 no meio ambiente. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com nove repetições por baia (câmaras de avaliações de N2O, CH4 e NH3 das excretas, considerando fezes e urina) dispostas em uma área de 65m2, próximo aos comedouros, onde o esterco foi depositado mais frequentemente. As excretas avaliadas foram provenientes de animais Nelore alimentados com três tratamentos: Farelo de Soja Protegido (FSP, fonte PNDR), Glúten de Milho (GM, fonte PNDR), ou Farelo de Soja (FS, fonte de PDR,). O confinamento teve duração de 112 dias, durante os quais foram realizadas as coletas semanais de N2O e CH4. Após a saída dos animais do confinamento, foi realizada coleta de NH3 durante 77 dias. As fontes proteicas utilizadas na dieta não afetaram a concentração de N e C na urina, a concentração de C nas fezes e o balanço de N (P> 0,05). Houve uma relação C/N mais elevada de fezes (P < 0.001) e urina (P < 0.001) na fonte FSP do que a fonte GM e uma concentração mais elevada de N nas fezes na fonte GM do que na fonte FSP (P = 0,012). O esterco de animais alimentados com fontes PNDR (GM e FSP) apresentou maior concentração de N (P = 0,036) e amônio (P = 0.001) em relação à fonte de FS. Porém, as fontes PNDR apresentaram menor relação C/N em relação à fonte FS (P = 0,001. As fontes PNDR resultaram em maior emissão de N2O do que a fonte PDR (P = 0,030), enquanto FSP resultou em maior emissão de N2O do que GM (P = 0,038) (FS = 633, FSP = 2521 e GM = 1153 g ha-2 N-N2O); entretanto, não houve diferenças nas emissões de CH4 e NH3 (P> 0,05). Em conclusão, o uso de PNDR em dietas não afetou a excreção de N dos animais ou a emissão de CH4 e NH3 do esterco, mas aumentou a emissão de N2O do esterco.