Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Isadora Anello de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181448
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Resumo: |
Os mecanismos de modulação da pressão arterial a curto prazo estão relacionados ao sistema nervoso autônomo. A primeira e mais rápida ação para o controle da pressão é feita por barorreceptores. Estes receptores detectam variações na pressão e atuam enviando informações ao sistema nervoso central (SNC), o qual desencadeia reações autonômicas que geram mudanças na frequência cardíaca (fH), na força contrátil do coração e na resistência vascular sistêmica, causando vasodilatação ou vasoconstrição, que tendem a normalizar a pressão arterial. Além da função primária do barorreflexo de manter a pressão arterial estável, uma relação inversamente proporcional entre pressão arterial e as variáveis respiratórias já foi observada em mamíferos e em anfíbios. Neste último grupo, além dessa interação entre o barorreflexo e a ventilação, o reflexo barostático também está relacionado com o sistema linfático. Há dados que também sugerem a existência dessa modulação em répteis crocodilianos. Apesar de já ter sido observada em alguns grupos de vertebrados terrestres, a correlação entre o barorreflexo e a ventilação nunca foi estudada em peixes, embora tenha sido especulada a existência da mesma devido a considerável conservação evolutiva das redes neurais que coordenam o sistema cardiorrespiratório. Neste contexto, o presente estudo investigou a existência dessa modulação barorreflexo-ventilação em uma espécie de teleósteo, a tilápia-do-nilo (O. niloticus). Para isso foram feitas aplicações de um fármaco vasoconstritor, o cloridrato de fenilefrina, e de um fármaco vasodilatador, o nitroprussiato de sódio. Foram analisadas curvas de correlações sigmoidais entre a pressão arterial e a frequência cardíaca, para atestar a relação inversamente proporcional entre ambas. E também curvas de correlação e regressões lineares entre a pressão arterial e as variáveis respiratórias – frequência respiratória, amplitude ventilatória e ventilação total. Os resultados mostraram que, neste teleósteo, não existe uma relação inversamente proporcional entre a pressão arterial e as variáveis respiratórias estudadas. Isso devido às infusões do cloridrato de fenilefrina não terem ocasionado uma ação significativa em nenhuma variável, e atrelado ao nitroprussiato de sódio não provocar elevações na frequência respiratória. O que mostra que o barorreflexo não atua regulando a ventilação, demonstrando pela primeira vez que essa correlação provavelmente tenha surgido em grupos de vertebrados mais apicais do que se era especulado; ou que tenha existido em Actinopterygii mais basais, mas tenha sido perdida em algumas gerações e possivelmente reaparecido em grupos mais derivados (atavismo). |