Menstruação, o sangue impuro: o papel da publicidade no reforço da identidade feminina construída para o consumo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Laranja, Esther Karollinne Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26874
Resumo: O presente estudo pretende compreender qual o papel da publicidade de absorvente íntimo e coletor menstrual no reforço da identidade feminina construída para o consumo. Partimos da problematização de que os anúncios publicitários, por criarem desejos e necessidades, ditam de forma pedagógica como as mulheres devem se comportar, ser e lidar com a própria menstruação, reforçando um discurso hegemônico patriarcal, classista e elitista. Para isso, serão analisadas peças publicitárias da marca Always e Fleurity postadas na rede social Instagram durante o mês que se comemora o dia de visibilidade menstrual especificamente no “Dia da Visibilidade Menstrual” nos anos de 2019 e 2021 (a escolha se deu por demarcar um ano antes e um ano depois da pandemia). Deste modo, o corpus servirá de base para analisar qual discurso usado para o reforço do tabu menstrual e da vulva enquanto tema ainda muito presente na sociedade atual. Para compor a metodologia, realizamos uma revisão bibliográfica do referencial teórico sobre o próprio tema investigado e sua vinculação aos conceitos de mídia e cotidiano, além da averiguação das representações femininas e do fluxo menstrual durante os períodos de coleta do material. Para tanto, definimos, a Análise Semiótica como método para base analítica para compreensão corpus e verificação da hipótese. A perspectiva sobre a mulher e a menstruação de Sardenberg (1994) e Ratti et al (2015), cotidiano de Heller (1992), representação de Stuart Hall (2010) e a espetacularização da imagem de Sodré (2006) e Debord (1997) serão algumas conceituações aqui abordadas para o desenvolvimento do material teórico. E para finalizar, serão utilizados os textos de Peirce (1995) e Perez (2016) para análise e discussão do uso da semiótica publicidade.