Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Madeira, André Guilherme |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236315
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Resumo: |
A dispersão é um mecanismo crucial, permitindo que populações e espécies possam alcançar novos recursos e explorar novas condições ambientais. No entanto, descrever mecanismos de dispersão de espécies que podem estar distribuídas por grandes áreas pode ser custoso ou mesmo inviável, como é o caso para as árvores de mangue. A influência das correntes oceânicas na dispersão dos propágulos de mangue tem sido cada vez mais evidente; entretanto, poucos estudos relacionam mecanisticamente os padrões de distribuição populacional com a dispersão pelas correntes oceânicas de forma integrada. Nesse trabalho, avaliamos o papel das correntes oceânicas na dispersão e conectividade do mangue vermelho, Rhizophora mangle, ao longo da costa do Sudoeste do Atlântico. Inferimos a estrutura populacional as taxas de migração a partir de polimorfismos de base única, simulamos o deslocamento de propágulos ao longo da região do Sudoeste do Atlântico e testamos nossas hipóteses com testes de Mantel e análise de redundância. Observamos uma estrutura genética de populações composta por dois grupos, norte e sul, que é corroborada por outros estudos com R. mangle e outras plantas costeiras. As taxas de migração recentes inferidas não indicaram migração atual entre os locais amostrados. Por outro lado, inferências de migração históricas demonstraram baixas taxas de migração entre os grupos e padrões de dispersão diferentes para cada um deles, o que está de acordo com o esperado para eventos de dispersão a longa distância. Nossos testes de hipóteses sugerem que tanto o isolamento por distância quanto o isolamento por resistência (derivado das correntes oceânicas) podem explicar a variação genética neutra de R. mangle na região. Nossas descobertas expandem o conhecimento atual sobre conectividade de mangues e revelam como a combinação de evidências moleculares e modelagens oceanográficas ampliam a capacidade de interpretação do processo de dispersão, que têm implicações ecológicas e evolutivas. |