Bebidas alcoólicas na adolescência: relação entre usos e domínios sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mezzaroba, Solange Maria Beggiato [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102249
Resumo: De acordo com o V Levantamento Nacional realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID, em 2004, a média de idade do primeiro uso de bebidas alcoólicas foi de 12,7 anos. Podemos concluir desse dado que os adolescentes têm adquirido o hábito de beber cada vez mais cedo. Sob efeito do álcool, o adolescente pode envolver-se em situações de risco pessoal bem como acarretar injúrias a outrem. Considerando que a conduta de beber é construída socialmente, o conhecimento de como adolescentes categorizam essa conduta e quem consideram autoridade para regular o seu uso, é importante na elaboração de programas preventivos e de intervenção. A partir da constatação dessas questões este trabalho foi desenvolvido tendo como objetivos: identificar os adolescentes (de uma escola pública e de uma particular) que faziam uso abusivo de álcool e analisar como os mesmo viam este hábito e quem eles reconheciam como autoridade para controlá-lo. Os resultados obtidos mostraram que os jovens entrevistados não associam o hábito de beber abusivamente com questões morais. Acreditam que o comportamento de beber abusivamente está ligado aos domínios pessoais e prudenciais, ou seja, dizem respeito apenas a eles, e mesmo que as conseqüências advindas deste comportamento sejam prejudiciais a outros, não teriam relação com questões morais. Têm a crença de que necessitam passar por experiências próprias de bebedeiras e situações de risco para perceber a gravidade da situação. Portanto, propagandas, conselhos familiares, iniciativas das escolas da forma como têm sido desenvolvidas são de pouca repercussão ou mesmo não efetivas.