Perda de produtividade, por óbitos provocados por doenças cardiovasculares associados à exposição a poluentes do ar em Sorocaba-SP nos anos de 2015 a 2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Pedro Rachid da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236019
Resumo: A poluição do ar proveniente de poluentes atmosféricos possui associação com diversas doenças, dentre elas as cardiovasculares, como uma das principais causas de internação hospitalar. O objetivo desse estudo consiste em evidenciar a associação entre a exposição aos poluentes 03 PM10 e NO2, ajustado por variáveis da temperatura e da umidade, sobre os óbitos hospitalares na rede pública na população de Sorocaba-SP, no período de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017. Foi analisada a perda do potencial produtivo dessa população, utilizando o Anos Potencias de Vida Perdidos (APVP). Portanto, a quantificação dos efeitos da poluição e a determinação de limites aceitáveis para os níveis de diversos poluentes ambientais se torna fundamental. A metodologia utilizada consiste de um estudo ecológico de série temporal, sendo que a variável dependente o número de internações hospitalares que vieram a óbitos concernentes às doenças: cardiovasculares (I20-64 com óbito, 41 a 64 anos) cujos códigos correspondem a CID 10. O banco de dados foi organizado com dados do DATASUS, e os dados das variáveis foram obtidos no banco de dados da CETESB. A abordagem estatística utilizou o modelo linear generalizado da regressão de Poisson com defasagens (lag) de 0 a 7 dias. Foram estimados custos financeiros e aumentos no número de internações decorrentes de aumentos na concentração dos poluentes em 10 μg/m3 no ar, dos poluentes em estudo. Os coeficientes fornecidos pela regressão de Poisson foram convertidos em risco relativo de internação adotando alfa = 5%. Como resultado para o ano de 2015-2017 foram 232 ocorrências, não todas exclusivas e correlatas com a poluição, de R$626 mil reais e um custo de utilização de R$319 mil reais. O resultado dos cálculos do APVP, foi um total de 2547 anos perdidos com um custo por volta de R$56 milhões de reais. Assim atribuindo uma perda dessas vidas associada aos poluentes no ar, com um aumento em 10 μg/m3 no ar pode-se evitar 20 óbitos e economizar em torno de 3 milhões de reais.