Maracatu de baque virado: construção de laços Recife - São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Godoy, Thaís Elis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/252344
Resumo: No maracatu-nação ou maracatu de baque virado, por ser uma manifestação de tradição oral, poucos são os registros históricos escritos encontrados a respeito de sua origem, mas o que se ouve entre aqueles que a praticam é que se trata de uma manifestação com origem nas periferias urbanas de Recife, Pernambuco, de tradição ancestral ligada à coroação dos reis negros em Congo, África. Tal manifestação também tem forte ligação com a religiosidade afro-brasileira do candomblé e da jurema sagrada. Atualmente, o maracatu-nação é conhecido e difundido em todo o país e também fora dele. A partir da proximidade com a Nação do Maracatu Porto Rico e Nação do Maracatu Encanto do Pina, essa dissertação se desenrola. Discutiremos como se deu o deslocamento de tal manifestação para a capital paulistana no diálogo com grupos de maracatu da cidade de São Paulo. Buscamos valorizar a dimensão simbólica e compreender como a prática do maracatu se apresenta aos sujeitos envolvidos e se materializa espacialmente. Nesta perspectiva apontada, buscaremos subsídios para elucidar a construção de territorialidades do maracatu de baque virado na cidade de São Paulo, englobando o conhecimento dos sujeitos e suas práticas culturais e sociais. Por fim, quais são os laços construídos entre essas pessoas que tocam tambor, a identificação com a religiosidade, com os mestres e com os fundamentos do maracatu. Como é a construção dos laços de solidariedade, o espaço do sagrado, as práticas comunitárias, e a consciência do grupo convivendo com a alteridade. Compreender a relação de deslocamento do maracatu de baque virado via corpos-territórios e os laços Recife-São Paulo nessa manifestação cultural afrodiaspórica.