Abordagem ao cão e gato com câncer: qual a visão do seu tutor?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira, Marília Gabriele Prado Albuquerque [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152113
Resumo: À medida que se estreitam os laços entre cães, gatos e seres humanos, e consequentemente aumentam os cuidados dedicados a eles, observa-se que as espécies canina e felina estão apresentando uma maior expectativa de vida. Concomitantemente, observa-se que doenças associadas à longevidade, como o câncer, tem se tornado cada vez mais frequentes. Diante do fato de que atualmente os animais de companhia têm desempenhado papéis de membros da família, é natural que seus tutores temam a ocorrência de distúrbios neoplásicos e, experimentem sensações de medo, angústia, ansiedade entre outras, tanto no momento da confirmação do diagnóstico de câncer quanto no momento da indicação do tratamento, especialmente se a quimioterapia antineoplásica fizer parte do protocolo terapêutico preconizado. Neste estudo, tutores de pacientes com câncer responderam a dois questionários, de avaliação psicológica padronizados (HADS e BRUMS), bem como outros dois questionários para avaliação de suas percepções com relação ao diagnóstico e tratamento do câncer. As entrevistas foram feitas em 2 momentos: (1) antes do início da terapia e (2) ao longo do tratamento. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o perfil psicológico e as percepções dos tutores de pacientes com câncer com relação ao diagnóstico e tratamento de seu pet. Dos 103 tutores que participaram deste estudo, 92% descreveram seu cão/gato como membro da família. Esperança (93%), tristeza (77%) e medo (73%) foram os principais sentimentos relatados no momento do diagnóstico. Em 55% dos casos, estes afirmaram sentir esperança com relação à terapia e 65% deles descreveram os efeitos adversos como seus maiores medos frente ao tratamento. Apenas 31% dos efeitos adversos esperados foram efetivamente observados e 78% dos tutores reportaram qualidade de vida boa/excelente durante a tratamento. O mesmo foi considerado benéfico por 82% dos tutores avaliados e 89% sentiam-se felizes por tê-lo feito. Antes do tratamento 54% dos tutores apresentavam sinais de ansiedade. Contudo, apenas 28% dos mesmos ainda os descreviam ao longo do tratamento, havendo associação da redução da ansiedade com a menor ocorrência de efeitos adversos bem como com a melhora da qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento. Constatou-se que a receptividade por parte dos tutores, frente ao tratamento instituído neste pacientes, foi positiva, visto que inicialmente, a maioria dos entrevistados descreveram sinais de ansiedade, principalmente relacionados a expectativa dos efeitos adversos, bem como a queda da qualidade de vida durante o tratamento. Sendo o sofrimento do pet diante dos efeitos adversos e a perda do mesmo em decorrência da terapia, os principais medos apontados pelos tutores entrevistados na presente pesquisa.