Leitura e escrita no contexto da cartografia e da geografia escolar nos anos iniciais do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Christiane Fernanda da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202407
Resumo: Há diferenças culturais, históricas e evolutivas nas formas como as pessoas pensam sobre si mesmas e sobre o mundo. Não só existem diferenças no que as pessoas sabem, mas ainda, o que é mais importante, elas pensam de modos muito diferentes sobre o que sabem e sobre o modo como vieram a saber. Parafraseando Olson (1997), vivemos em um mundo que está no papel; somos subprodutos da maneira como interpretamos e criamos inúmeros gêneros textuais. O presente trabalho buscou fomentar o debate a respeito do ensino de Geografia e sua articulação com o ensino da leitura e da escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A hipótese de pesquisa reside na ideia de que o mapa, por não ser considerado um gênero textual nos currículos oficiais, faz com que seu ensino se torne um desafio aos professores polivalentes. Nesse sentido, o propósito deste estudo concentrou-se em produzir, a partir de uma sequência didática, o gênero textual discursivo instrucional mapa, além de investigar as representações da localidade produzidas por alunos do 3º ano do Ensino Fundamental I, em uma escola do município de Rio Claro, São Paulo, Brasil e de uma escola do município de La Serena, Região de Coquimbo, Chile. A pesquisa participante foi realizada em 2018 com alunos na faixa etária entre 8 a 9 anos de quatro salas de aula, duas localizadas em escola brasileira e duas em escola chilena. A produção do referido gênero textual culminou na produção do seu suporte de escrita, ou seja, o atlas. Por meio do método do paradigma indiciário, foi possível observar a subjetividade da representação da localidade, já que cada registro gráfico ou escrito trouxe a leitura de mundo por crianças. A utilização da expressão escrita ou desenhada por crianças em vez de para crianças nos capítulos que compõem esta tese resume o nosso olhar. A produção dos mapas e do Atlas (não canônico) trouxe novas possibilidades de representação e leitura do espaço geográfico, além de garantir às crianças a autoria na produção do seu gênero textual. Com esta pesquisa, esperamos contribuir para a discussão de novas metodologias de ensino para se explorar de maneira interdisciplinar os conteúdos obrigatórios da matriz curricular da Base Nacional Comum, principalmente os conteúdos relacionados ao ensino de geografia e cartografia escolar nos anos iniciais da Educação Básica. Por fim, reconhecemos a potencialidade do trabalho articulado com as múltiplas linguagens a partir de contextos de experiências dos alunos.