Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Souza, José Ribamar Lima de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180604
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Resumo: |
O carrapato Rhipicephalus sanguineus sensu lato (s.l.) é um ectoparasita de importância médico-veterinária, inclusive pela sua capacidade de atuar como vetor de diversos patógenos aos seus hospedeiros. Nesse sentido, faz-se necessário o controle do mesmo o qual tem sido frequentemente realizado com acaricidas químicos sintéticos, os quais tem a desvantagem de provocar danos aos organismos não alvos, bem como ao meio ambiente (acúmulo de resíduos). Assim sendo, a busca por métodos eficientes de controle, porém que sejam também sustentáveis é uma constante e nessa perspectiva, princípios ativos extraídos de plantas têm sido utilizados. Dentre eles está o carvacrol que apresenta diversas propriedades biológicas, dentre elas a de ser acaricida. No presente estudo foi realizada uma avaliação para se obter informações de como o carvacrol agiria sobre o integumento e sobre as células germinativas femininas de carrapatos da espécie R. sanguineus s.l. quando a ele expostas. Os resultados obtidos mostraram que o integumento e os ovócitos foram significativamente alterados devido à exposição, mesmo nas concentrações mais baixas aqui testadas. Ressalte-se que na maior concentração (100µL/mL) os ovários apresentaram apenas ovócitos em estágios I e II, visto o carvacrol ter atuado sobre a vitelogênese, inibindo-a, o que impediu essas células de chegarem até o estágio V (prontas para fecundação) e consequentemente de serem viáveis para gerarem novos indivíduos. Em relação ao integumento as alterações mais significativas foram observadas também na exposição das fêmeas à maior concentração (25µL/mL), visto as modificações ocorridas nas diversas camadas do integumento, inclusive naquela epitelial. Nesta última o bioativo atuou desorganizando o epitélio e provocando neste uma estratificação, não observada nos indivíduos controle. Além desses resultados, no presente estudo estabeleceu-se o valor da concentração letal média (CL50) do carvacrol quando diluído em etanol 50ºGL, que foi de 62,48 µL/mL. Assim, os resultados aqui obtidos sinalizaram que o carvacrol é um bioativo tóxico para os carrapatos R. sanguineus s.l., uma vez que a exposição ao mesmo alterou tanto o integumento como as células germinativas femininas destes, o que deixou os indivíduos mais vulneráveis às adversidades do ambiente, além de ter inibido a produção de células germinativas femininas viáveis, o que traria como consequência a não geração de uma nova prole. |