Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Orniz, Wagner Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253186
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Resumo: |
Este trabalho desenvolve-se no âmbito da Análise do Discurso francesa, segundo os pressupostos teórico-metodológicos de Dominique Maingueneau, e objetiva debruçar-se sobre o ethos discursivo de artistas, críticos e teóricos pertencentes ao movimento da arte concreta e neoconcreta no Brasil, os quais tomamos como um posicionamento, dentre tantos outros, no campo da arte. A relevância de se voltar o olhar a esse importante movimento da arte brasileira se deve ao fato de que ainda hoje é possível notar certa incompreensão sobre o ofício do artista visual contemporâneo ou mesmo sobre o que seja arte. A arte contemporânea tem como um pilar fundamental o conceito do objeto artístico e, no Brasil, o concretismo foi responsável por contribuir para a discussão sobre o objeto de arte, sua institucionalização e sobre o papel do artista enquanto um criador “profissional” de objetos e experiências estéticas. Ao lançarmos um olhar discursivo sobre o movimento concreto na arte, buscamos capturar os ethé discursivos inerentes aos principais expoentes do movimento. Dessa maneira nos dedicamos à investigação do tom, do caráter e da corporalidade do fiador do discurso, bem como ao estudo das cenas enunciativas presentes nesse discurso, na tentativa de iniciar uma discussão sobre a constituição do artista contemporâneo e seu desdobramento nas atuais dinâmicas da arte contemporânea. Ao final deste percurso, apreendemos um ethos que transita entre o racional e o sensível. O fiador do discurso constitui-se como um fiador intelectual, objetivo e vanguardista, enquanto o tom do discurso, por sua vez, apresenta-se como um tom de especialidade, que vai de encontro com as características do fiador. Quanto à cena enunciativa, observamos a presença de uma cena englobante de especialidade artística. A cena genérica, por sua vez, é bastante demarcada pelo texto especializado de crítica de arte e pelos gêneros artigo de opinião e manifesto. Por fim, a cenografia apresentou duas cenas que são congruentes com os demais resultados: a primeira cenografia de transgressão e, a segunda, uma cenografia profética, espiritual e de sacralização da arte, sugerindo que a arte na visão do movimento concreto mantém uma relação com o sagrado. |