Efeito isolado da alta temperatura na reversão sexual de mamona (Ricinus communis. L)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Androcioli, Leonardo Godoy [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182104
Resumo: O óleo da mamona (Ricinus communis) possuí inúmeras aplicações na área industrial e na produção de biodiesel, demonstrando assim sua importância econômica. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de óleo de mamona com grande potencial para ser protagonista na produção de mamona, sendo a utilização de híbridos uma alternativa para tal fim, contudo existe dificuldade da obtenção devido às variações climáticas. Assim, o presente trabalho teve por objetivo a construção de uma câmara de crescimento, para simular diversas condições climáticas para auxiliar na seleção de plantas, além de utilizar essa câmara de crescimento para avaliar o efeito isolado da alta temperatura na reversão sexual da mamona. Para criação da câmara de crescimento foram utilizadas lâmpadas, ar condicionado, aquecedores e sensores; além de um Arduino Mega 2560 R3, que controla todo o sistema. Durante esse experimento, foram feitas avaliações quanto à intensidade luminosa requerida para o total desenvolvimento das plantas de mamona. Nessa mesma câmara de crescimento, foi realizado o experimento do efeito isolado da alta temperatura com relação à taxa de flores masculinas e femininas no híbrido FCA 2007-1 e na reversão sexual sobre as fêmeas MRZ 14. O delineamento experimental utilizado para avaliar a taxa de flores entre masculina e feminina do híbrido FCA 2007-1 foi de blocos ao acaso, em parcelas subdivididas com três repetições. As parcelas foram constituídas pelo número de dias após a emergência em que foi iniciado o estresse de alta temperatura (14, 21, 28 e 35 dias), e as subparcelas, pelo primeiro e segundo cacho. Já o delineamento experimental utilizado para avaliar o número flores masculinas nas plantas estritamente femininas MRZ 14, também foi blocos ao acaso, em parcelas subdivididas com três repetições. As parcelas foram constituídas pelos dias após a emergência, que foi iniciado o estresse de alta temperatura (14, 21, 28 e 35 dias), e as subparcelas, pelos cachos até completar os 6 meses de estresse. Com os resultados obtidos pode-se assegurar que a intensidade luminosa de 35.000 lux ou 493,5 µmol m-2 s-1 é suficiente para o desenvolvimento completo das plantas iguais ao encontrado no campo. Isso demonstra que é possível a utilização da câmara de crescimento construída para simulação de ambientes controlados. Já quanto aos resultados da taxa de florescimento no híbrido FCA 2007-1, fica evidente que a taxa de flores masculinas e femininas não é modificada pelo estresse isolado por altas temperaturas. O mesmo ocorre nas fêmeas MRZ 14, não causando reversão sexual independente do período avaliado. Esse resultado pode estar relacionado ao aumento na quantidade dos hormônios relacionados à indução de flores femininas, mantendo a feminilidade nas fêmeas MRZ 14 e nos híbridos FCA 2007-1, uma vez que há o aumento na quantidade dos hormônios como auxina, citocinina, giberelinas e etileno quando plantas são submetidas ao estresse por altas temperaturas.