Gordura intramuscular, seus preditores e sua associação com a função física em sobreviventes de câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Anselmo Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1316
Resumo: Sobreviventes de câncer de mama (SCM) frequentemente apresentam baixa função física (FF). De preocupação importante é o fato que a menor FF está associado à incapacidades funcionais, riscos de quedas e mortalidade. Estudos anteriores têm reportado associação entre a baixa FF e conteúdo de gordura intramuscular (CGI), elevado em SCM. No entanto, estes estudos não levaram em consideração a massa e força musculares e nível de atividade física (AF) nas associações, que são importantes preditores da FF e podem estar reduzidos em SCM. Além disso, o tempo de AF tem sido considerado o fator mais fortemente associado às alterações de CGI em populações específicas, o que indica um papel moderador da condição (doença/tratamento) na relação entre tempo de AF e CGI. No entanto, o papel moderador da condição SCM ainda não foi investigado. Portanto, os objetivos do presente estudo foram: (estudo 1) verificar se a massa e força musculares e o tempo de AF estão concomitantemente alterados com o CGI em SCM, e, se o CGI é um mediador da relação entre SCM e baixa FF, independentemente de fatores de confusão, e, (estudo 2) verificar se a relação entre o tempo de AF e o CGI é moderado pela condição SCM. Para tanto, após seleção por critérios de inclusão e exclusão, se voluntariaram 56 mulheres SCM e 23 mulheres com idade similar às SCM, mas sem histórico de câncer, como o grupo controle (GC). O CGI foi mensurado por tomografia computadorizada. Os níveis de AF, dados sociodemográficos e as características do tratamento de câncer de mama foram avaliadas por questionários. Também foram realizadas medidas antropométricas e testes de FF (i.e. sentar e levantar, velocidade da marcha em 4 metros e o Timed Up and Go Test– TUG). Nossos resultados indicaram maior CGI (p = 0,002), menor força muscular (p = 0,006) e pior desempenho em todos os testes de FF (p < 0,001) em SCM quando comparado ao GC. No entanto, não foram observadas diferenças entre SCM e GC para a massa muscular (p = 0,930) e tempo de AF (p = 0.132). Além disso, o CGI foi negativamente associado (p ≤ 0,05) com o desempenho em todos os testes de FF, sendo que, em SCM o pior desempenho na marcha, TUG e sentar e levantar foram mediados, pelo menos em parte, pelo CGI. Ademais, modelos de regressão indicaram que a inclusão da variável de interação (condição SCM e tempo de atividade física) representou significante proporção da variância do CGI (∆ R 2 = 0,05, P = 0,031, B = 0,004; CI – 95% = 0,001; 0,008). Portanto, concluímos que a baixa FF de SCM é mediada, pelo menos em parte, pelo CGI; e que a relação entre tempo de AF e CGI é moderada pela condição SCM.