Análise proteômica em neurofibromatose tipo 1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Marqui, Alessandra Bernadete Trovó de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102739
Resumo: A Neurofibromatose Tipo 1 (NF1) é uma doença autossômica dominante causada por mutações no gene NF1, responsável pela síntese da proteína neurofibromina. Muitos estudos publicados sobre NF1 têm focado as alterações desse gene e de seu produto em indivíduos afetados, mas as análises de expressão protéica são escassas. No presente estudo, nós investigamos diferenças quantitativas e qualitativas da expressão de proteínas entre amostras de neurofibroma e pele adjacente histologicamente normal, utilizando abordagem proteômica. As proteínas de neurofibroma e pele normal foram separadas por eletroforese bidimensional (2-DE) e identificadas por peptide mass fingerprinting, utilizando espectrometria de massas por dessorção e ionização a laser auxiliada por matriz com base no tempo de vôo (MALDI-TOF). Cinco proteínas foram identificadas: a caspase 14 e a proteína de choque térmico 27/HSP 27, que exibiram expressão reduzida em neurofibromas; a imunoglobulina, a flavina redutase e a proteína de ligação a fosfatidiletanolamina/PEBP, com expressão elevada em neurofibromas. Do nosso conhecimento, este é o primeiro relato de análise comparativa de neurofibromas e pele normal de pacientes com neurofibromatose tipo 1. Das proteínas identificadas, a HSP27 e a PEBP estão conectadas com as vias de sinalização celular p21ras ou cAMP, também relacionadas com a atuação da neurofibromina. A caspase 14 não exibe um elo conhecido com essas cascatas e tal fato pode abrir novos caminhos para o estudo da neurofibromatose. Estudos adicionais ainda são necessários para elucidar o papel dessas proteínas no desenvolvimento da neurofibromatose. Nosso estudo é um passo inicial na descoberta de mecanismos moleculares desta doença e mostra o valor da utilização da análise proteômica na identificação de novos parceiros da neurofibromina relacionados com o desenvolvimento da NF1.