Estudo da ação do peptídeo ANXA1Ac2-26 e da interação entre células endoteliais e carcinogênicas de cabeça e pescoço.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Picão, Thaís Bravo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181274
Resumo: O carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço (CECP) representa o sexto câncer mais comum em todo o mundo, sendo o câncer na cavidade oral o mais comum entre as regiões anatômicas de abrangência do CECP. Há evidências de que o desenvolvimento e a progressão do câncer dependem não somente de suas características genéticas, mas também de interações de suas células com as células do microambiente tumoral. A carcinogênese também está relacionada com angiogênese e processos inflamatórios, que podem ser controlados pela ação de mediadores anti-inflamatórios, e entre esses, destacamos a proteína anti-inflamatória anexina A1 (ANXA1). Mas os mecanismos pelos quais a ANXA1 atua na tumorigênese e a sua relação com a interação entre células endoteliais e tumorigênicas não são bem conhecidos e, considerando seu papel na inflamação, compreendem um alvo importante para estudo. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo, analisar a interação de células endoteliais e tumorigênicas juntamente com a ação do peptídeo sintético Ac2-26 da proteína ANXA1(ANXA1Ac2-26) em linhagem de carcinoma de cabeça e pescoço, verificando como o peptídeo atua junto ao meio condicionado de células endoteliais e/ou de células tumorais, elucidando como os fatores excretados por ambas as células e o peptídeo atuam no processo tumorigênico. Para isso, a observação da morfologia foi realizada em microscópio invertido, o índice de proliferação pela curva de crescimento, a viabilidade celular foi determinada pelo método colorimétrico MTS (IC50), a migração celular pelo método bicamada transwell, genotoxicidade pelo ensaio Cometa, avaliação de apoptose e necrose por citômetro de fluxo, padrãode liberação de citocinas/quimiocinas por ELISA e expressão gênica pela técnica de PCR quantitativa. A estatística foi realizada por Análise de Variância para comparações múltiplas (ANOVA), seguido do ajuste de Bonferroni, pelo software GraphPad Prism 5.0. Os resultados mostraram que o efeito do meio condicionado por células tumorais (Hep-2) em células endoteliais (HUVEC) e vice-versa, tratadas com o peptídeo ANXA1Ac2-26, não modifica a morfologia e a migração celular, mas altera a proliferação; não é citotóxico, porém é genotóxico; induz ao processo de apoptose tardia, modifica a expressão das citocinas/quimiocinas IL-8, RANTES e TNF-α e modula a expressão de genes envolvidos com o processo inflamatório. Assim, mostramos que a interação entre células endoteliais e tumorigênicas, juntamente com a ação do ANXA1Ac2-26 nas células endoteliais e/ou tumorais provavelmente participam do processo tumorigênico por mecanismos relacionados às vias anti-proliferativas, apoptóticas e/ou inflamatórias e abrem novas possibilidades de estudos para alternativas terapêuticas no câncer de cabeça e pescoço.