Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pereira, André Luiz Gardesani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217040
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Resumo: |
A Estética da recepção, como vertente da literatura comparada, apresenta concepções teóricas e metodológicas adequadas para a leitura, recepção e exegese do fenômeno jurídico na tragédia grega clássica, notadamente por meio das teorias de Iser sobre o preenchimento dos vazios e negatividades do texto e de Jauss sobre a historicidade da obra literária, sob os aspectos sincrônico, diacrônico e do cruzamento entre a recepção inicial e o processo de juízos históricos de leituras. A tese parte das contribuições fornecidas pelos teóricos do Law and Literature Moviment, bem como dos estudos de literatura comparada, especialmente da confluência entre literatura e o direito. As teorias dos dois principais nomes da Escola de Konstanz, Jauss e Iser, aliadas à teoria de Eco sobre a definição de obra aberta e dos limites da interpretação, permitem, por meio da postura ativa do leitor, o estudo do fenômeno jurídico na tragédia grega clássica, de modo a alcançar o sentido mais original do texto, ou seja, aquele que o espectador provavelmente concebeu ao tempo da sua primeira fruição, bem como aferir a recepção e os efeitos produzidos ao longo da evolução das leituras na cadeia diacrônica. Esta tese também tem por escopo identificar os leitores primários e secundários da tragédia ática, sua adequação aos esquemas e classificações de leitores propostos pelos teóricos da Estética da recepção, analisar a problemática da “competência receptiva”, a atividade do leitor diante das balizas e negatividades do texto trágico e as repercussões do texto no público leitor. O corpus de pesquisa é composto por três tragédias: Prometeu prisioneiro, de Ésquilo; Antígone, de Sófocles e As bacantes, de Eurípides, selecionadas com base na articulação e no intenso diálogo intelectual que os três grandes autores trágicos desenvolvem entre si, bem como na elevada inclinação ideológica e jurídica dessas obras. Como resultado, serão obtidos novos esquemas de leitura do direito na tragédia grega, possibilitando, mediante uma participação mais incisiva do leitor, o intercâmbio entre o sistema cultural e jurídico atual e do passado grego, de modo a promover entendimentos sobre o senso de direito e de justiça, novas visões de mundo e a transformação de horizontes de expectativas. |