Notas cartográficas sobre o processo de implantação de um CAPS ad: do plano das leis ao plano dos afetos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Freire, Mayara Aparecida Bonora
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153320
Resumo: O presente trabalho busca narrar sobre o processo de implantação do CAPS ad (Centro de Atenção Psicossocial álcool e drogas) do município de Ourinhos, interior de São Paulo. Como dissertação de mestrado, objetiva dissertar sobre os (des)encontros dos planos que permeiam a implantação de Políticas Públicas em um território com suas singularidades, a partir das experiências diárias desta cartógrafa/trabalhadora do CAPS ad em questão, por meio dos encontros com usuárias(os) e trabalhadoras(es) do serviço, bem como pelos encontros teóricos que inspiraram essa prática. Chamamos nossos encontros de mergulhos e nosso caminho, de embarcação, instrumentalizados pela cartografia enquanto modo de fazer e olhar/sentir. Foram realizadas, nesse percurso, entrevistas, análises documentais e foram construídos diários de campo, de modo a experimentar o campo das políticas públicas e de sua efetivação. Compreendemos o desafio cotidiano de convivência entre os distintos paradigmas de cuidado direcionados ao uso de álcool e outras drogas, proibicionista e de redução de danos – ambos também presentes no plano das leis -, e defendemos, sobretudo, a (re)construção cotidiana do conceito de política enquanto arte, enquanto produção formas de existir, que possibilitem processos de singularização – e não homogeinização, como vem sendo confundido o plano das leis -, pois é na dimensão dos afetos que se efetivam (ou não) as políticas. Nossa defesa, portanto, é pelo encontro: encontro dos planos macro e micro, das leis e dos afetos, indissociáveis e necessários para a construção de formas de cuidar menos prescritivas e mais afetivas.